Há mais de um ano a segurança pública vive uma nova realidade em diversos bairros de Rio Branco, graças à parceria da comunidade com a Polícia Militar. Três batalhões da Capital já tiveram resultados positivos nos relatórios de ocorrências, desde a implantação do programa Vizinhança Solidária – um trabalho que começa na conscientização dos moradores, para que adotem medidas individuais de segurança, despertando-os também para a responsabilidade coletiva.
Sabendo que projeto bem sucedido só é possível quando pensado em conjunto, o comandante do 4º Batalhão da PM, major Messias, é um dos que apostam na eficácia do programa. Cada morador recebe um kit básico com adesivos para identificar as residências, imã de geladeira para fixar os contatos dos vizinhos e um apito para ser utilizado em casos de extrema suspeita até a chegada da polícia ao local.
“É um trabalho em longo prazo, pois necessita da mobilização da comunidade. É importante que os vizinhos desenvolvam habilidades de segurança com as próprias residências e passem a cuidar uns dos outros, de forma a contribuir com a ação da polícia”, explica.
Com a introdução do Vizinhança Solidária no segundo semestre de 2013, é visível o êxito da Polícia Comunitária, que distribui dois policiais para cuidar diariamente de um bairro específico. Atualmente, o batalhão é responsável pelos bairros Universitário, Rui Lino, Joafra, Tucumã e Bela Vista.
No Universitário III, a aceitação do programa é visível. O presidente da associação de moradores do bairro, Luiz Carlos Lemos, relembra tempos atrás. “Eu chego a me emocionar quando penso em tudo o que temos conseguido nesse intervalo de um ano. Hoje nós estamos há exatamente um mês sem nenhum registro de furto por sermos parceiros da Polícia Militar”, afirmou.
Na manhã de terça-feira, 13, foi a vez de Randson Oliveira receber a visita da Polícia Comunitária. Segundo ele, o patrulhamento feito pelos policiais todos os dias é importante por criar esse vínculo entre PM e comunidade. Moradora do bairro há sete anos, Lúcia Jansen concorda. “Antes a segurança era inexistente aqui, e hoje já é possível sairmos de casa com tranquilidade”. (Rayele Barbosa / Agência Acre)