Atentos à agenda nacional de paralisações em vários estados do Brasil, os sindicatos dos militares, corpo de bombeiro e agentes penitenciários realizaram um ato em frente à Assembleia Legislativa do Acre, na manhã desta quarta-feira, 21.
O presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre (AME-AC), Isaac Ximenes, confirma que não houve paralisação das atividades, mas informa que a categoria foi convocada a participar do movimento.
“Atividades foram marcadas para acontecer nesta quarta-feira, que inviabilizaram a presença dos policiais. Queremos uma polícia voltada para o cidadão, mas para isso, é necessário que o profissional tenha condição de trabalho”, destaca o presidente.
Ele acredita que a segurança pública tem sido negligenciada. “Nós passamos por um processo de depreciação muito grande e de sucateamento. Para se ter uma ideia, no Acre a gente passa de três anos sem receber um uniforme. Os meninos formados em 2009, que tinham direito de receber dois uniformes por ano, receberam dois uniformes”, afirma.
A PEC 300 também faz parte da pauta de reivindicação do ato. “Nós estamos lutando já há algum tempo pela PEC 300, que trata de melhorias de condições de trabalho, melhorias salariais. Tudo isso está em pauta em todos os estados brasileiros”.
O presidente da Associação dos Praças e Bombeiros Militares do Acre (Aprabmac), Abrahao Pupio, afirma que existem muitos pontos para se avançar, inclusive, alguns já foram garantidos pelo governo do Estado e ainda não foram cumpridos.
“Exemplos disso, a definição do salário base que tem como contexto a PEC 300, que seria hoje o valor de R$ 3,5 mil do salário inicial. Não temos carga horária definida em lei e o nível superior na carreira”, confirma.
Ximenes também defende mais investimentos para fortalecer a infraestrutura da PM. “Melhorar seria melhores condições de trabalho chamando a população para discutir modernização e aquisição de equipamentos “, diz.