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Em ano de Copa do Mundo vale até se tatuar com temas verde-amarelos

Ele começa a trabalhar de manhã e segue até o final de tarde, sempre em pé, paradão, chamando a atenção de quem passa pelo comércio da Avenida Epaminondas Jácome, no Centro de Rio Branco. Peruca colorida na cabeça lembrando torcedor gringo, Leopoldo usa duas imensas tatuagem nas pernas e tem quase 2 metros de altura.

No entanto, embora pareça um hooligan e tenha até motivado fotos com populares, o boneco Leopoldo, na verdade, está dando uma mãozinha para o patrão, o tatuador Hemerson Mendes, o “Aranha”, a captar pedidos de tatuagem com o tema da Copa do Mundo.

O estúdio Aranha Tatoo, nos altos de uma construção na galeria do antigo Mercado Velho, tem recebido intenções de torcedores desejosos por uma tatoo temática do campeonato mundial, revela Mendes.
Os desenhos podem ser escolhidos por preços que vão desde R$ 80 até o limite do cliente. “Já recebemos ligações de pessoas interessadas em frases como “Brasil, rumo ao hexa”, por exemplo”, diz o microempresário que é especialista na arte e tem outros dois  auxiliares, entre eles Joanderson Santos, o “Jhouan”.

Coincidentemente, Jhouan tatuava um rapaz de 20 anos quando a reportagem chegou. O cliente, que prefere não se identificar, gravava nas costas uma frase de boa sorte e o tatu Fuleco, mascote da Fifa para o mundial no Brasil.

“Pode ter direito autoral sobre ele, mas esse aqui o Joseph Blatter não vai nem ficar sabendo que eu tatuei”, diz o rapaz, se referindo ao cuidado do presidente da Fifa com relação a uso de imagem do tatu azul, verde e amarelo.

As tatuagens são todas profissionais. O cliente pode acessar o modelo de sua preferência, seja em catálogos, seja pela internet mesmo, numa TV de led sobre o balcão de atendimento. Duas salas dão total privacidade e as agulhas e outros materiais usados são todos descartáveis.

“É algo que nos dá segurança e também ao cliente: os cuidados com saúde”, ressalta Jhouan.

A auxiliar de engenharia Cleidiane Diniz, de 19 anos, pretende fazer uma esses dias. Na última segunda-feira, esteve no estúdio. “Mas não se interessou muito nas opções da copa. “Isso é tudo de momento e as coisas passam. Além disso, vai que o Brasil não ganha. Vou optar por ramos e flores nas minhas costas”, diz.

Fotos/Odair Leal

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