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Acreano fica em 2º lugar na Copa do Mundo de Caratê, na Polônia

Jardson voltou ao Acre e já se prepara para outro torneio

O acreano Jardson Borges, 31 anos, ficou com a segunda colocação na disputa da 6ª edição da Copa do Mundo de Caratê, realizada de 12 a 15 de junho, em Varsóvia, capital da Polônia. Apenas quatro lutadores brasileiros que possuem títulos internacionais foram convidados para participar da cobiçada disputa, incluindo Borges, único acreano que faz parte da Seleção Brasileira da modalidade.

Em média, 18 países participaram, entre eles aqueles que são grandes potências mundiais no esporte como Estados Unidos, Alemanha, Lituânia, Ucrânia, Rússia, Republica Tcheca e o dono da casa, a Polônia. Borges e os outros atletas brasileiros enfrentaram um lutador da Polônia na grande final. Para Jardson independente da colocação, todos os atletas brasileiros já são campeões na vida.

“Todos os atletas que compuseram a Seleção Brasileira neste evento já são campeões na vida, porque batalharam fora do tatame para representar o país e fizeram isso com muita paixão. Ser campeão, vice ou terceiro lugar não era o nosso foco, mas sim a busca pelo aprendizado e a troca de conhecimentos que tivemos durante dois dias de curso com grandes mestres. Claro que a performance de todos nós foi o reflexo de muito treino e força de vontade”, ressalta.

O atleta voltou ao Acre no dia 20 de junho, mas não teve descanso e já se prepara para seu próximo desafio. Em setembro, ele participa do Campeonato Brasileiro de Karatê-Dô Tradicional, que será disputado em Goiânia, onde também será realizada a seleção para o 17º Campeonato Mundial de Karatê-Dô Tradicional, marcado para o mês de outubro em Genebra, na Suíça.

A organização do evento auxiliou Borges com alimentação e hospedagem, mas apenas quando já estava em Varsóvia. Antes disso, ele precisou arcar com os todos os custos, inclusive com as passagens até o local do torneio e teve dificuldades em conseguir patrocínio.

Com o reconhecimento mundial o atleta espera incentivar a prática do caratê e também chamar a atenção dos empresários para que invistam na “prata” da casa. Borges espera que nas próximas competições tanto as empresas quanto o poder público possam ser sensibilizados e passem a incentivar os atletas do nosso Estado.

“Nosso país tem muito a crescer com relação a incentivos efetivos para o esporte. As artes marciais e o caratê, em especial, vêm demonstrando que é possível sim uma contribuição para a formação educacional e de caráter das novas gerações. A Polônia está dando uma aula de gestão e desenvolvimento ao esporte. Eles possuem um programa que envolve a esfera corporativa e governamental, agregando grandes marcas a pratica do esporte e uso da imagem dos atletas como marketing positivo, fazendo com que gere uma grande divulgação e popularidade da modalidade no país e em todo o continente europeu. Isso é simples de se fazer, basta ter vontade política e visão de futuro”, conclui. (Quésia Melo, Do Globoesporte.com/AC)

A Gazeta do Acre: