A Copa do Mundo começa amanhã e todos só têm olhos para o Brasil. O país do futebol, de maior história em copas e jogando na terra onde a garotada já nasce com a bola nos pés tem tudo para a conquista do hexacampeonato mundial. No entanto, pela frente tem grandes adversários. São 31 seleções que virão ao Brasil na tentativa de se tornarem visitantes indigestos.
Para conhecê-las melhor, A GAZETA fez uma análise de todas elas, destacando seus pontos fortes, seus jogadores e campanhas até chegar nesta Copa. A seleção brasileira é favorita e não deve temer nenhuma delas. Só que precisa avaliá-las e saber lidar com o jeito de jogar de cada uma que cruzar seu caminho de 7 jogos rumo ao título.
Brasil, uma seleção jovem, objetiva e boa de bola
Quando o Brasil foi desclassificado nas últimas duas copas, primeiro para a França e depois para a Holanda, sempre nas quartas de finais, a nação verde e amarela queria uma renovação no time. O processo foi lento. Mas finalmente amadureceu. Nesta Copa, jogando em casa, a seleção mais uma vez de Felipão é mais visada do que em 2002, mais jovem do que em 2006 e com mais talentos do que em 2010. É favorita ao título, e considerada pelos outros como o time a ser batido.
Mas o Brasil precisa botar as bolas nos pés primeiro. A defesa, com Davi Luiz e Thiago Silva é ótima, segura (não é a toa que é a mais cara do mundo). Os laterais Marcelo e Daniel Alves são bem preparados. O meio campo é versátil e bem tático, com Oscar, Paulinho e Luiz Gustavo e o ataque tem o talento de Neymar, a força de Hulk e os gols de Fred.
O elenco é bom desde a zaga até o ataque. Tem conquistado bons resultados. Está preparado e é favorito. Só que a Copa é uma grande surpresa. O Brasil deve estar atento a elas.
Coadjuvantes que podem até ‘fazer alguma coisa’
* Estados Unidos
Os norte-americanos tinham este estigma de grande potência mundial, mas time fraquinho no futebol. Nas últimas Copas eles mostraram o contrário. Aqui no Brasil, tentarão manter o jogo aplicado e reafirmar que podem ser bons com a bola nos pés, com os já carimbados Beasley, Jones e Dempsey, Bradley e Altidore. Mas têm um grupo complicado pela frente. E não são favoritos a se dar bem nele. Se conseguirem a classificação, já será uma proeza para os yankees.
* Bélgica
Chega à Copa com um dos melhores times da sua história. Jogadores despontando em grandes times europeus e com um elenco promissor, tal como os meias Witsel, Fellaini e De Bruyne, os zagueiros Kompany e Van Buyten e o atacante Mirallas. Além, é claro, do craque Edén Hazard. Fez uma ótima eliminatória. Deve, com certeza, passar da 1ª fase. E será um adversário de respeito na etapa de mata-mata. A Bélgica tem tudo pra chegar longe, mas tem limitações e a falta de tradição da camisa também pesa. Mas pode surpreender um pouco.
* Coreia do Sul
Como sempre a Coreia chega como um grande mistério nesta Copa. Alguns jogadores famosos (Chu-Young Park – o do Arsenal, não do Manchester – e Won Ji), a maioria nem tanto. Só que a Coreia, em campo mostra disciplina, esquemas de jogo diferentes, aplicados e jogadores com um condicionamento físico invejável. O que falta aos sul-coreanos certamente é a presença do grande craque (o camisa 10), malícia de jogo e experiência de grandes campeonatos mundiais.
* Chile
O Chile vem bem pra essa Copa. O time é aplicado e tem bons jogadores (Vidal, Sanchez, Isla, Vargas, Beausejour, etc). Só que deu um azar tremendo de cair em uma chave com Holanda e Espanha, seleções que fizeram a final da Copa passada. Ainda assim, se quer chegar longe no torneio, os chilenos vão ter que medir força logo de cara com uma das favoritas. Se passar da 1ª fase (e isso já será um feito pra eles), o Chile ganhará moral e pode engrenar na Copa.
* Colômbia
A seleção colombiana se armou com um esquema de jogo misturando a técnica com bom vigor físico. O time é veloz, forte, aplicado, tem certo oportunismo e jogadores atuantes em grandes clubes (Martínez, Rodríguez, Armero, Guarín e Zapata). Além disso, conta com a experiência do goleiro Mondragón, jogador mais velho da Copa, com 43 anos, e do zagueiro Yepes, 39, segundo mais velho. Os colombianos estão num bom grupo e têm tudo para se embalar ao som de Shakira, passar da 1ª fase e dar trabalho no mata-mata. Mas não são candidatos ao título.
* Equador
Outra seleção sul-americana muito competitiva. O Equador segue com o seu tradicional jogo rápido, defesa forte, atacantes perigosos e contra-ataques letais. Tem jogadores de primeira linha, como os meias Valencia e Méndez e o defensor Paredes. Só lhe falta um pouco mais de experiência e tradição em Copas. Mesmo sem isso, os equatorianos estão num grupo que deve dificultar a classificação da França e da Suíca. E, passando de fase, também podem assustar.
* Rússia
Outro time europeu que joga duro e aposta num time com boa defesa, desarmes eficientes e contra-ataques rápidos. A Rússia tem um esquema de jogo interessante e jogadores bons, tal como o goleiro Akinfeev, o lateral Schennikov, os meias Dzagoev e Zirkhov e o atacante Kervakhov. Mas o time é meio limitado e não tao rápido como já foi há alguns anos. É candidato a passar pela 1ª fase, já que tem grupo fácil. Mas não deve ir muito longe na segunda.
* Suíça
Está num grupo onde só tem de seleção tradicional a França. Portanto tem chances claras de classificação. A Suíça, como nas últimas Copas, aposta alto na defesa, seu melhor setor, e agora tenta equilibrar este ponto forte com meias rápidos e habilidosos, como Saquiri, Stocker e Behrami, Xakha e a promessa de ataque Drmic. A Suíça vai brigar pela classificação com França e Equador e, se passar, vai dar trabalho no mata-mata.
* Gana
Outro time africano que aposta no jogo duro, corrido, de muita raça e marcação forte. Nas Copas passadas, Gana surpreendeu e, mesmo em grupos difíceis, conseguiu passar de fase, chegando às oitavas de final. Aqui no Brasil, os ganeses tentarão a mesma proeza, apostando nos meias Kevin Boateng, Essien e Muntari e nos atacantes Atsu (promessa), Gyan e os dois Ayew‘s. Só que o grupo de Gana mais uma vez não é fácil. Eles terão de se esforçar muito pra passar da 1ª fase.
* Japão
Uma das seleções que mais evoluíram nos últimos anos, o Japão foi surpresa na Copa passada e vem mais forte ainda nesta edição. O time mantém os bons jogadores de 2010 (Kawashima, Honda, Nagatomo, Uchida, Endô, Okubo) e agregou novas promessas (como os meias avançados Kagawa e Kakitani). O time japonês é bom, competitivo e agora tem mais experiência em campo. Só peca na técnica e jogadas aéreas. Tem tudo para se classificar no seu grupo e certamente vai custar muita correria e paciência para ser batido na fase eliminatória.
Os primeiros adversários na fase de grupos vão tentar surpreender
* Croácia
A Croácia será a grande pedra no sapato do Brasil na 1ª fase. Não por ser um adversário forte ou ter um elenco aplicado em campo. Até tem isso. A seleção croata será difícil por ser a nossa estreia. E, como sempre dizem, a estreia e a final da Copa são os dois jogos onde o psicológico mais pesa. No papel, a Croácia tem um time arrumado. Zagueiros durões. Bons meias Modric (craque do time), Prajnic e Rkitic e atacantes oportunistas, como Olic e Madzukic. Seus jogos são corridos e disputados. Mas a Croácia é um time que peca na criatividade, investe no futebol de muito contato físico e pouco versátil. Jogadas individuais podem ser seu ponto fraco.
* México
Será o segundo grande adversário do Brasil e, sem dúvida, outra pedreira na 1ª fase. O México continua com seu futebol rápido, técnico, bem armado na defesa e com contra-ataques muito perigosos. Misturando isso a jogadores como os zagueiros Guardado, Reyes e o carimbado Rafael Márquez, os meia Giovani dos Santos e Salcido e o atacante Chicharito Hernández, fica tudo mais difícil. Mas o México também tem deficiências técnicas e inconstâncias de atuações. Se tiver num bom dia, pode arrancar muito suor do Brasil. Caso contrário, será presa fácil.
* Camarões
Apesar de ser, teoricamente, o mais ‘fraco’ da chave, Camarões é outra seleção que exige certo cuidado do Brasil. Tem um jogo pesado, com alguns jogadores ‘raçudos’. Zagueiros conhecidos no futebol europeu, como Matip e Ekotto, os bons meias Song e e M’Bia e os atacantes Webó e Aboubakar (promessa), junto com o experiente craque Samuel Eto’o. Vem mais forte do que na última Copa. É uma seleção aplicada, de marcação e velocidade no contra-ataque. Ataque perigoso. Só que tem deficiências técnicas. E este deve ser o ponto fraco de Camarões no mundial.
Quatro seleções que podem dar trabalho
* França
O terror do Brasil em Copas vem melhor para esta Copa do que em 2010. Os jogadores são melhores e mais jovens. E os últimos resultados animaram os franceses. No entanto, os Le bleus ainda estão se reabilitando do fiasco de 2010. O time é bom, mas alterna altos e baixos. O grupo na 1ª fase favorece os franceses, mas eles terão que encarar os desafiadores Equador e Suíça. A defesa, com Sakho, Evra e Debuchy, é respeitável. O meio-campo com Valbuena e a promessa Pogba é bom. O ataque com Giroud, Benzema e Griezman também oferece perigo. Mas o grande desfalque de Ribèry vai fazer muita falta aos franceses. Eles bem que precisariam de um camisa 10.
* Inglaterra
Os ingleses chegam ao Brasil menos badalados do que nas últimas Copas. Desde 2002, com a geração de Beckham, a Inglaterra se tornou competitiva de novo em mundiais. Mas agora falta alguns craques para os ingleses e outros bons jogadores para determinadas funções. O grupo difícil também preocupa. Mas eles têm um time coletivo, são páreos duros e crescem em Copas. A defesa é boa, com Cahill, Jones e Gerrard a protegendo. O meio campo com Wilshere, Milner e o experiente Lampard é bom. E a frente com Rooney (o craque), Welbeck e Sturridge também é forte. Se bater a Itália ou Uruguai na 1ª fase (e tem potencial para fazer isso), pode ir longe no torneio. Tem time pra isso.
* Portugal
Tem bons jogadores, habilidosos e raçudos, mas é inegável que a seleção portuguesa nos últimos tempos tem se tornado Cristiano Ronaldo e mais 10. Com a notícia de que o CR7 vai jogar bem a Copa, os portugueses se animaram para entrar firmes na competição. O grupo deles é difícil, com times que querem surpreender, mas Portugal tem, no papel, o segundo melhor elenco, atrás da Alemanha. Auxiliam o melhor jogador do mundo o zagueiro Pepe, Coentrão, Vieirinha, Helder Postiga, o veloz Nani e alguns mais. Pesa contra Portugal a cisma de fraquejar diante de seleções europeias de mais tradição. O título é difícil. Mas Portugal deve dar trabalho.
* Uruguai
Junto com Argentina e Brasil, o Ururguai desponta como a terceira potência da América do Sul. A seleção é bem equilibrada. Com Godín, Cácares, Fucile e o experiente Lugano, a zaga é bem fechada. O meio com Rodríguez, Gargano e Ramírez é limitado, proém, aplicado e o ataque com o trio habilidoso Cavani, Suárez e Forlán é a cereja do bolo no time. O Uruguai sempre chega forte em copas. E a grande aprovação da celeste será passar da sua chave com as poderosas Inglaterra e Itália (mas não tão assustadores como em outras copas). A seleção tem chances de se classificar (e são boas). E, na segunda fase, pode se animar e ir longe, como em 2010.
As zebras: quem vem ‘só’ pra participar
* Austrália
Na história mais recente das Copas, a Austrália está sempre presente. Em 2006, o time passou da 1ª fase e só foi batido pela Itália por 1 a 0, com gol de pênalti. Já em 2010, a seleção brigou, mas não passou da fase de grupos. Neste ano, os australianos tentarão repetir o brilho de 2006. Mas têm limitações e uma das piores chaves do torneio. Por isso, a Austrália não deve passar da 1ª fase, mas pode atrapalhar os planos de classificação da Holanda, Espanha ou Chile.
* Argélia
Não há muito a se dizer sobre a Argélia. A seleção fez boa campanha nas eliminatórias para a Copa e surpreendeu ao se classificar. Tem um ou outro jogador de renome, como os meias Feghouli (craque do time) e Taider e o zagueiro Mesbah. O grupo é bom, mas passar da 1ª fase será uma tarefa difícil. A Bélgica e a Rússia são as grandes adversárias para a classificação dos argelinos. Talvez se tivesse um Zidane, a Argélia conseguisse chegar na etapa de mata mata.
* Bósnia-Herzegóvina
A Bósnia certamente lembrará do Brasil com um carinho especial. Este será o primeiro mundial que a seleção vai participar. Porém, não há muito para a Bósnia fazer no Brasil. Com apenas alguns jogadores de expressão no futebol mundial (o atacante Dzeko e os meias Pjanic, Lulic e Salihovic), a Bósnia já fara mais do que se espera dela se passar da 1ª fase. Mas é difícil.
* Costa Rica
Com um time sem muito respeito e experiência a nível internacional, não vai restar muito para os costa-riquenhos senão o papel de coadjuvantes nesta Copa. A chave com Itália, Inglaterra e Uruguai dificulta muito as chances de classificação (quase uma missão impossível). De qualquer forma, no futebol de hoje todo mundo é competitivo. Limitada, a Costa Rica tentará ser também.
* Costa do Marfim
A exemplo de Camarões, a Costa do Marfim vem com um grande craque (o oportunista Didier Drogba), alguns bons jogadores (Kolo e Yayá Touré, Kalou e Gervinho) e uma mescla de outros que são esforçados e podem surpreender. É um time competitivo e de raça, mas também sofre da carência de jogadores em determinadas posições. O grupo mais equilibrado na chave C pode facilitar para que os ‘elefantes’ passem da 1ª fase. E depois o que vier será lucro para os marfinenses.
* Irã
Chegar a Copa foi uma surpresa para o Irã (e para o mundo). Fez as eliminatórias com um time que apostou no jogo coletivo e disciplinado. E deve usar uma fórmula parecida na Copa, com uma ou outra novidade tática. Ainda assim, o Irã não deve ir muito longe. Se chegar às oitavas já será demais para os iranianos.
* Grécia
Os gregos impressionaram o mundo ao ganhar a Eurocopa de 2004 de Portugal, em pleno solo português. Só que aquela geração da Grécia já passou. Agora eles tentam recuperar o status de time perigoso. Tem jogadores experientes, como o meia Karagounis, Katsouranis, o zagueiro Torosidis e os atacantes Gekas e Samaras. Só não tem time para repetir o feito de 2004.
* Honduras
Time sem tradição, sem jogadores de renome e com esquemas de jogo esforçados, mas nada táticos. Honduras vem pra Copa pra fazer volume e não deve passar nem da fase de grupos, mesmo que seu grupo não seja lá muito difícil. Mas, como dizem, o importante é competir.
* Nigéria
A Nigéria tem um time que quer ser tão competitivo como seus outros conterrâneos africanos. Só que está um sútil degrau abaixo dos marfinenses, ganeses e camaroneses. Tem alguns bons jogadores (Odemwingie, Mikel, Musa, Ameobi e Moses), só que muitas limitações em outras posições. Assim, a Nigéria pode até conseguir surpreender a Argentina e passar da 1ª fase, mas dificilmente terá vida longa na fase de eliminatórias.
Quem pode estragar a festa do Brasil
* Alemanha
A Alemanha entra nesta Copa como uma das grandes favoritas. A seleção tem tradição em copas e cresce sempre nas horas decisivas. O time é jovem e forte (pelo menos no papel). Talvez o melhor time que a Alemanha já montou desde a Copa de 2002. No gol, Neuer, é uma muralha. A zaga é bem composta por Hummels e Boateng, e a experiência do lateral Lahm ajuda muito na categoria para a saída de bola. No meio campo, Mario Gotze e Toni Kroos oferecem velocidade, chutes perigosos e talento, mesclando com o apoio defensivo do volante Schweinsteiger, e a habilidade de Ozil. No ataque, Podolski e Schurrie. Além disso, a Alemanha possui bons reservas, como a promessa Draxler, Mueller, Kramer.
Só há um problema: o timaço alemão tem dificuldades para se entrosar. Vivem altos e baixos. E a juventude dá a ideia de um time meio instável. E isso pode prejudicá-los muito no mundial.
*Espanha
Atual campeã do mundo, a Espanha vem para o Brasil defender seu título. É também uma das favoritas a levantar a taça. Tem um grande time, mas seus jogadores não estão tão em alta como em 2010. Além disso, a Fúria não está com essa moral toda após resultados negativos contra grandes seleções nos últimos anos (incluindo o 3 a 0 do Brasil, na final da Copa das Confederações). Só que cada jogo é cada jogo. Cada Copa é cada Copa. A Espanha tem elenco para chegar ao título. A defesa, com Piqué e o goleador Sérgio Ramos, é boa. O lateral Jordi Alba é incansável. Os meias Xabi Alonso, Xavi, Iniesta, Mata e Cazorla são craques experientes. E o ataque com Fernando Torres, o brasileiro Diego Costa e David Villa é bem ofensivo. Nada falta à Espanha, a não ser se livrar dos altos e baixos. Embora nos últimos jogos a Fúria tem levantado de novo a sua moral.
*Argentina
Nossos Hermanos do futebol chegam bem ao mundial. Com certa moral. Deram sorte por não pegar nenhuma potência do futebol mundial logo de cara. Por isso, deve passar bem da fase classificatória. E, para depois, têm um time competitivo, com craques e bons jogadores. O ponto forte é o ataque, com as estrelas Lionel Messi e Sergio Aguero e o raçudo Lavezzi. O meio também é forte, com destaque para o rápido e habilidoso Di María. Mascherano dá um ar de contenção. Mas na defesa o time, como nas copas passadas, tem alguns problemas. Os goleiros não são de primeira linha e os melhores zagueiros Demichelis e Zabaleta têm lá suas deficiências. Não expiram segurança. E isso pode atrapalhar os planos do tricampeonato. Ainda assim, a Argentina é Argentina, ainda mais com Messi. E não pode ser subestimada.
* Holanda
A Orange novamente vem com força para tentar ganhar a sua primeira Copa. O time é bom, é objetivo e prático. Mistura os craques que chegaram à final da Copa passada, como os meias Robben e Sneijder, o volante De Jong, e os atacantes Van Persie e Huntelaar, com novos atletas promissores, tal como o zagueiro de Vrij, o lateral Indi, o atacante Depay e o meia Clasie. Apesar de ainda formar uma boa esquadra no papel, a Holanda chega um pouco mais fraca do que na Copa passada. O grupo forte com a Espanha (sua algoz na final de 2010) e com o Chile também pode atrapalhar o sonho do 1º título mundial. Mas os holandeses sempre vêm com um time bom e aplicado, táticas inovadoras e engrossa com times grandes. Se seguir o favoritismo e se classificar em seu grupo, pode chegar longe no mundial.
* Itália
A Itália vem ao Brasil com um time de médio para bom (se comparado ao elenco de outras seleções) e resultados mais ou menos. Ninguém aposta muito nela. Só que este é sempre o perfil dos italianos diante de um mundial. Diante das adversidades, eles crescem. No papel, a Azurra não é este time todo que o polêmico atacante Balotelli pinta, mas não deve ser subestimado. A zaga tem jogadores de raça, de grandes times, como Abate, Chiellini e Bonucci. O meio é bem modesto, com Montolivo, o brasileiro Thiago Motta, a promessa Verratti e os experientes De Rossi e Pirlo. E o ataque com Balotelli e Cassano. Nada mal. Só que a Itália vai ter um grande desafio no seu grupo de fases. Classificando, vira um osso duro de roer.