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“Eu sou um homem da política. Acredito que eu permaneça no Acre”, diz Aníbal Diniz

O senador Aníbal Diniz fez uma avaliação desses 4 anos de senador da República. Segundo ele, após terminar o mandato deverá permanecer no Acre e não sairá da política.

Aníbal comentou, também, sobre a pré-candidatura de Perpétua Almeida ao Senado Federal. O senador petista disse que Perpétua conquistou o voto da petista  Elisangela Pontes, esposa de Aníbal, que quando do processo de escolha disparou que não votaria na deputada comunista.

Ainda durante entrevista À GAZETA, o parlamentar disse que muitos companheiros não compreenderam a sua candidatura a reeleição e que o processo sofreu atropelos.

Diniz falou sobre a Copa do Mundo no Brasil. Para ele, essa é a Copa das Copas, pois reúne 32 países dentro do Brasil com culturas diferentes. Ele arriscou uma final entre Brasil e Argentina. Confira a entrevista na íntegra.

A GAZETA – O senhor assumiu o Senado quando da saída do então senador, Tião Viana (PT/AC), para concorrer o governo do Estado em 2010. Qual a avaliação que o senhor faz desse período?

Aníbal Diniz- Foi um período de muito aprendizado. Acredito que fiz bem o meu papel de defender o Estado do Acre. Termino esse mandato feliz por tudo que foi possível fazer nesse período.

A GAZETA- Talvez a marca do mandato seja o projeto que visa o ingresso de mais mulheres no parlamento. Isso foi uma cobrança da sociedade?

Aníbal Diniz – Apresentei o PLS132/2014 que prevê alterações no Código Eleitoral. O meu projeto prevê  que havendo eleições com duas vagas no Senado, uma seja destinada às candidatas mulheres e a outra aos homens. O Brasil precisa dar uma resposta a essa pouca representatividade das mulheres no parlamento. Veja só, nós temos a presidente do Brasil sendo uma mulher. Na última eleição as duas mulheres candidatas à presidência da República foram bem votadas. Tiveram 67% dos votos contra 33% dos votos dos 8 candidatos homens. Temos poucas mulheres no parlamento, porque a estrutura partidária é feita de modo a dificultar a presença das mulheres. O nosso projeto prever uma contribuição objetiva.

O deputado Sibá também estar apresentou um projeto semelhante na Câmara que prevê que os 30% das candidaturas dos partidos seja ocupadas por mulheres. Nós estamos propondo e defendendo,  que 30%  das vagas na Câmara sejam de mulheres. Dos 513 deputados, temos apenas 45 mulheres. Dos 81 senadores, temos 10 senadoras. O Brasil tem diminuído a sua representante feminina.

A GAZETA – O senhor acredita na aprovação dele ainda este ano?

Aníbal Diniz  – É um projeto muito difícil. Mas eu acredito. Fazer política é sonhar alto, eu vivo de sonhos. Eu espero de ter um parlamento brasileiro para ter mais equoilibrio de gênero.

A GAZETA – Qual o futuro político de Aníbal Diniz? Deixa a política?

Aníbal Diniz – Sou uma pessoa que gosta muito da política. Eu me formei assim. Eu nunca sai da política, mesmo quando estava no jornalismo. A experiente de 4 anos de senador é a menor experiência do ponto de vista temporal da minha vida. Eu tenho 33 anos de militância dentro do PT. Eu sou um homem da política. Acredito que eu permaneça no Acre, permaneça dando opinião. A política tem o dom de possibilitar fazermos grandes coisas.

A GAZETA – Recentemente, em uma entrevista, o senador Jorge Viana (PT/AC) disse que não poderia deixar um companheiro, só porque ele não teria mais mandato, referindo-se ao senhor. A pergunta é, o senhor, em algum momento, se sentiu rejeitado pelos seus companheiros de partido?

Aníbal Diniz – Posso dizer que fiz bem a minha parte e sou feliz por isso. Acho que alguns companheiros não tiveram a sensibilidade de perceber isso. Mas não posso impor que as pessoas tenham a capacidade de perceber as coisas, que eu tenho. Então para mim é irrelevante. O mais importante é eu estar feliz comigo mesmo e com a minha família e àqueles que estão a minha volta. Eu cumpri  bem com a minha parte.

A GAZETA – falando em eleições, o senhor acredita que Frente Popular fará quantos deputados federais?

Aníbal Diniz – O nosso time de deputados federais é muito bom. Sibá, Léo, Angelim, César Messias, o Idésio, o Moisés Diniz, a doutora Greyce, a Rose Costa. O nosso time é mais qualificado que a oposição. Acredito sim que a gente vai ampliar bem a nossa bancada, fazendo de 5 a 6 deputados.

A GAZETA – A Elisangela Pontes, sua esposa, poderá sair como candidata a deputada federal?

Aníbal Diniz – Ela não cogitou essa possibilidade. Não estar em pauta isso.

A GAZETA – Meses atrás a Elisangela disse que não votaria na Perpétua. A Perpétua já conquistou o voto da Elisangela?

Aníbal Diniz – Acredito que sim. A minha esposa é uma socióloga muito comprometida com a causa do empoderamento das mulheres. Em nenhum momento eu e nem a Elisangela colocamos objeção à candidatura da Perpétua. Acho que a candidatura da Perpétua foi legítima desde o começo.

O que nós contestamos foi o processo, a forma de discussão dentro do PT. A minha esposa compreendeu isso. Eu fui atingido pela forma equivocada de como se deu o processo interno de discussão dentro do PT. Mas a Perpétua não tem nada haver com isso. A minha esposa disse que não votaria na Perpétua em um momento  de emoção, por estar sendo vitima de um processo muito doloroso.

A GAZETA – O governador Tião Viana citou que grupos criminosos poderiam tumultuar as eleições desse ano. O senhor teme o abuso do poder econômico nas eleições desse ano?

Aníbal Diniz – Eu sinceramente torço muito para que tenhamos eleições limpas. É muito ruim quando as pessoas tentam comprar mandatos. O mandato é a expressão da vontade do povo. A Justiça Eleitoral está aí  para coibir isso.

A GAZETA – O governo da presidente Dilma tem caído na avaliação do povo brasileiro. O que se deve isso?

Aníbal Diniz- A presidenta Dilma tem sofrido muitos ataques. A oposição tem sido muito injusta com a presidenta Dilma.  Isso tudo acaba insuflando a população a achar que a presidenta Dilma não é uma boa presidenta. Ela é uma boa presidenta. Tem feitos grandes trabalhos. Em nenhum momento a reeleição dela foi ameaçada. A soma do Eduardo Campos e do Aécio não ultrapassam ela.

A GAZETA – Para finalizarmos, falando em futebol, o senhor que é um amante do esporte. O senhor acredita que o Brasil vai ser campeão?

Aníbal Diniz – Acredito. Acho que depende só dela. O espírito tem que ser criada por ela. A seleção que jogou contra o México não jogou como uma seleção vencedora. Vencer depende só dela, atitude dela. O técnico é excelente, os jogadores tem talento.
Tem um desenho posto entre o Brasil e Argentina e Brasil e Alemanha, mas se fosse entre Brasil e Argentina seria bem interessante.

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