O Acre sofreu com a carência e até a falta de alguns produtos nos meses de abril e parte de maio. A Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quantificou um pouco dos efeitos desta tragédia para os lojistas. As vendas no varejo acreano vinham crescendo em um bom ritmo. Em fevereiro, a alta foi de 16%. Em março, foram 6,5%. Só que aí veio abril e as vendas fraquejaram. Com poucos produtos (e mais deles essenciais), o varejo acreano subiu apenas 0,9%, interrompendo o ritmo progressivo de acréscimos locais.
Com tal percentual, o Acre foi o estado que teve o 3º pior desempenho nas suas vendas do mês retrasado. Atrás do Acre, Amazonas e Roraima tiveram baixas em seu varejo em abril, com – 1% e – 2,3%, respectivamente. Por outro lado, Amapá (13,7%) e Pernambuco (11,1%) foram os estados que apresentaram o melhor saldo varejista para abril.
O estudo do IBGE foi divulgado na manhã de ontem e destacou que a média nacional do varejo foi positiva, só que com uma alta mínima de apenas 0,4% (ou seja, mesmo afetado com a cheia do rio rondoniense, o Estado teve um resultado um pouco melhor do a média do país). O Acre e mais 11 estados puxaram a média nacional pra cima, enquanto outros 15 estados contrabalancearam com saldos negativos.
No valor acumulativo, o Varejo acreano soma uma taxa de 9,2% ao longo do ano, entre janeiro a abril. Nos últimos 12 meses, este índice cai para 6,2%.
No entanto, quando é levado em conta um comparativo entre abril deste ano e o do ano passado, o Acre teve decréscimo. Se consideradas as variações conforme a época do ano (ou seja, a taxa ajustada sazonalmente), o Acre também teve um recuo de – 3,9%. Foi o pior resultado a nível nacional. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)