A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou, em junho, recuo de 1,6% (120,4 pontos) na comparação com maio, e queda de 7,4% em relação a junho de 2013. O índice está pela segunda vez consecutiva no menor nível da série histórica.
Para a CNC, a inflação em alta e a elevação dos juros causam maior aperto no orçamento doméstico e enfraquecem as perspectivas de consumo. Apesar do resultado, o índice ainda mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável. “O cenário de cautela causado pelas inseguranças até o final do ano e o elevado nível de endividamento combinado com a taxa básica de juros elevada vem desaquecendo o consumo. Na base de comparação anual, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012”, explica a economista Juliana Serapio.
O nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou queda de 1,6% na comparação mensal. As famílias com renda acima de dez salários mínimos também apresentaram retração (-1%). O índice das famílias mais ricas encontra-se em 123,3 pontos, e o das demais, em 120,1 pontos. Na mesma base comparativa, os dados regionais revelaram que a retração do índice nacional foi puxada principalmente pelas capitais do Centro-Oeste, Sul e Nordeste, que registraram quedas de 3,9%, 3,5% e 2% respectivamente. Assim, essas regiões apresentaram níveis de confiança de 118,4, 121,4 e 135, respectivamente.
Previsão para o ano
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para baixo a expectativa do volume de vendas para 2014, passando de 4,9% para 4,7%. Ao final do ano deverão se sobressair os ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (+11,0%) e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+7,8%). (Ascom Fecomercio/AC/ Foto: Divulgação)