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Laudo confirma morte de criança por difteria em Rio Branco

O resultado do laudo divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) comprovou que a morte da menina Maria Clara, de 6 anos, em maio deste ano, em Rio Branco, foi ocasionada por difteria. A paciente, moradora do bairro Tancredo Neves, deu entrada ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), no dia 10 do mesmo mês, apresentando problemas respiratórios e tosse. Ela foi encaminhada para o Hospital da Criança, onde morreu 5 dias depois.

“Foi uma evolução muito rápida da doença. Embora tenha recebido todo o tratamento hospitalar e também o soro, a quantidade de toxinas existente no corpo da criança era muito grande, o que ocasionou o óbito”, explica o coordenador estadual da Área Técnica de Difteria da Sesacre Ivan Galvão.

Segundo a Vigilância Epidemiológica Estadual, o último caso de difteria confirmado no Estado do Acre foi em 2007, no município de Tarauacá, distante 400 Km da Capital. De 2007 até 2014, o Estado registrou cinco notificações da doença, quatro delas em Rio Branco e uma em Plácido de Castro. Destes, um caso foi confirmado, o de Maria Clara.

A vítima não possuía histórico vacinal, segundo Galvão. “Essa doença é imunoprevenível. Aos seis anos de idade, a criança já deveria estar tomando o segundo reforço da vacina. O que não era o caso da paciente, que não tinha tomado nenhuma. Foi coletado amostra do irmão mais novo dela e dos demais familiares. Todos deram negativo. Apesar disso, eles receberam a vacina e o tratamento. Isso tudo foi feito na mesma oportunidade em que tivemos a suspeita da doença”, afirma.

Ele garante que a época a vigilância epidemiológica realizou um bloqueio vacinal da vizinhança, procedimento padrão feito em um raio de 150 metros do lado esquerdo e direito, na frente e atrás da casa do infectado. A equipe faz avaliação das carteiras de vacina daqueles que estão no entorno. Os que estão com dose atrasada ou que precisam do reforço, recebem na mesma hora.

A difteria é causada por uma bactéria que geralmente infecta o nariz e a garganta. A infecção da garganta forma uma cobertura preta, dura e fibrosa que pode bloquear as vias aéreas. (Rayssa Natani, Do G1/AC)

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