Pelo menos 10 municípios acreanos vêm sofrendo com o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A União bloqueou os repasses por conta de que os municípios não pagaram a renegociação das dívidas com a União. O montante bloqueado chega a R$ 2 milhões, o que faz muita diferença nas prefeituras acreanas que sobrevivem basicamente desses repasses.
O presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), prefeito Marcus Alexandre, estuda ir a Brasília pedir a liberação dos recursos e intervir junto ao governo federal pelos prefeitos do Acre.
Os repasses do FPM são divididos em 3 parcelas. Uma é depositada todo dia 10 de cada mês. A segunda dia 20 sendo a última dia 30. A expectativa que a parcela do último dia 10 seja depositada nesse dia 20.
Os municípios de Assis Brasil, Jordão, Capixaba, Porto Acre, Epitaciolândia, Plácido de castro, Sena Madureira, Brasileia, Feijó e Senador Guiomard são os afetados pelo bloqueio da Receita Federal.
O prefeito de Porto Acre, Carlinhos da Saúde (PSDB) radicalizou. Pensando em cortar gastos e manter as contas em dias reduziu até mesmo o próprio salário. Carlinhos seguiu o exemplo do prefeito Marcinho Miranda (PSDB) que também fez cortes no próprio salário para manter a folha de pagamento e fornecedores em dia.
Marcus Alexandre explicou, também, que os prefeitos assinaram o acordo para que Receita Federal seqüestrasse os valores caso estes não cumprisse o acertado com as prefeituras. Marcus Alexandre disse que já comunicou ao governo federal sobre a situação das prefeituras acreanas.
Outra medida tomada por ele foi comunicar a bancada federal sobre a situação dos municípios acreanos. Marcus Alexandre afirmou que não é a primeira vez que comunica à bancada sobre o estado em que se encontram os municípios.