A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus dos quatro policiais militares suspeitos de matar o técnico em radiologia Magdiel Wellington Chaves Victuri, 24 anos, em sua própria residência, após uma suposta perseguição policial. Ao G1, a esposa da vítima, Geruza Sar-kis, 32, acusou os policiais de terem perseguido e espancando o seu marido até morte no dia 21 de abril, em Capixaba, interior do Acre.
Os suspeitos estão presos preventivamente. O Ministério Público do Acre (MP/AC) apontou os policiais como autores do crime, uma vez que o laudo confirmou que o técnico morreu após ter sido agredido. Já os suspeitos, negam as acusações e afirmaram que estavam executando seu trabalho quando Magdiel se recusou a contribuir com a ação policial e o técnico teria sofrido uma queda durante a abordagem, o que ocasionou a morte.
A defesa alegou que a prisão preventiva dos suspeitos representa ilegalidade, uma vez que não havia argumentos como garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal.
Relator do processo, o desembargador Samuel Evangelista não aceitou os argumentos apresentados pela defesa dos policiais e defendeu ainda que o juizado de Capixaba deveria assumir o julgamento da ação devido à competência territorial. A decisão de manter a prisão dos suspeitos foi seguida pelos desembargadores Denise Bonfim e Francisco Djalma.
Viúva do técnico morto na ação dos policiais, a enfermeira Geruza comemorou a decisão da Justiça e disse que o caso está sendo tratado como deve. De acordo com ela, a versão de que a morte de Magdiel foi um acidente não pode ser aceita. “Acidente que os quatro cometeram? Deram rasteira, bateram, quebraram nariz, costelas. Aquilo não foi um acidente, foi uma ação motivada pela ira mesmo, só não entendo o motivo”, destaca. Geruza informou que também foi chamada para depor em uma auditoria da PM de Capixaba. (G1/AC)