A Comissão de Saúde da Aleac recebeu na manhã desta quinta-feira, 5, os profissionais em radiologia do Acre. Eles reivindicam a elaboração de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além de melhores condições de trabalho. Segundo os membros da Comissão, o Plano pode ser aprovado após as eleições de outubro.
Um anteprojeto já está sendo elaborado para ser encaminhado à equipe de governo, conforme assegurou o presidente da Comissão de Saúde, deputado Eduardo Farias (PC do B). Segundo o parlamentar, por se tratar de um ano eleitoral, a proposta deverá ser discutida em uma Comissão Especial formada por deputados e sindicalistas durante os próximos meses e posta em votação assim que terminar o pleito eleitoral.
“Eu já conversei com o governo e não há jeito devido ao pleito eleitoral. Eu sugiro que sentemos para discutir todos os pontos do projeto e quando for de outubro até dezembro a gente aprova aqui e já passa a valer a partir de janeiro”, explica.
O deputado adiantou que ainda este ano pode ser liberado os 40% de insalubridade para esses profissionais. Eduardo Farias abordou que o objetivo do anteprojeto é criar uma oitava categoria dentro do PCCR da Saúde, o que incluiria os técnicos em radiologia.
Farias disse ainda que, mesmo sendo um deputado da base governista, sempre se posicionará contra ‘aquilo que não é correto’. O parlamentar reconheceu que é necessário avançar em alguns pontos na área da Saúde, mas disse que há problemas apenas de gestão em alguns casos.
A deputada Marileide Serafim (PSL) afirmou ter ficado sensibilizada com os relatos dos técnicos em radiologia. Acrescentou que votará favorável à matéria quando essa for colocada em pauta e destacou que ser da base não significa ser omisso. “Estar na base do governo não é fechar os olhos. É estar junto”.
Atualmente, 350 técnicos em radiologia atuam no Estado. Uma das reivindicações é que se cumpra a Lei Federal 7394/85 que regulamenta a profissão. Outro ponto reivindicado é que o Estado cumpra o que foi posto no último concurso sobre a carga horária. Segundo os sindicalistas, o edital previa 24 horas semanais. Entretanto, os técnicos estão cumprindo 30 horas semanais.
Ainda foi relatado aos membros da Comissão de Saúde problemas em diversos equipamentos de radiologia do Estado. Em Sena Madureira, por exemplo, foi relato que o equipamento encontra-se com defeitos. Outro problema relatado é a exposição contínua à radiação. Faltam equipamentos de proteção. Não existe dosímetro, aparelho responsável por medir o grau de radiação nos profissionais.
Os parlamentares devem realizar uma visita às unidades de Saúde para comprovar in loco a situação.