Durante o cumprimento de buscas domiciliar, autorizadas pela justiça, em uma residência da rua Chico Mendes, bairro Conquista, nesta terça-feira, 11, policiais da Delegacia Itinerante da Polícia Civil (DIPC) apreenderam 301 frascos de antibióticos que seriam da farmácia da Fundação Hospitalar do Acre – Fundhacre. Além do medicamento a polícia encontrou seringas descartáveis, supostamente usadas para aplicar o remédio sem prescrição médica.
O material estava na posse da técnica em enfermagem Maria do Carmo Amâncio de Almeida, 48, funcionária da unidade hospitalar. A direção da Fundhacre foi imediatamente avisada do evento e servidora pública conduzida à sede da especializada, onde após ser entrevistada pelo delegado Roberth Alencar, confessou que subtraiu os remédios para utilizar as embalagens com “óleo ungido” para doar numa igreja evangélica, não convenceu a polícia e acabou indiciada por peculato.
Crime disciplinado pelo artigo 312 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 (apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa).
“Trata-se de uma ação firme do Estado, que não permite essa prática de delito por qualquer cidadão, quer seja agente público ou não”, destacou o delegado Roberth. No âmbito criminal a autoridade policial lembrou que em face de não haver situação de flagrância, Maria do Carmo vai responde ao processo em liberdade.
A direção da Fundhacre tão logo tomou conhecimento dos fatos mandou instaurar um procedimento interno, para investigar Maria do Carmo. Também esclarece que a instituição não pactua com quaisquer ilícito praticado por seus servidores e determinou providências.
“Durante o apuratório interno, a servidora poderá ser afastada das funções, lhe sendo assegurado os direitos constitucionais da ampla defesa”, observou Carlos Eduardo, diretor da Fundhacre.