Morando há 45 anos na rua Alexandre Farah, no bairro José Augusto, a servidora federal Fátima Duck explica que não tem nada contra a Argentina e não se incomodou com as pinturas feitas por um grupo de amigos no local. Prova disso, é a grande bandeira do Brasil pendurada na varanda da residência dela.
Mas, segundo ela, o grupo de amigos que fez a arte no local foi intransigente ao fechar a rua sem o consentimento dos moradores. “Além disso, é feita muita festa regada a bebidas alcoólicas e som alto. Minha mãe tem 83 anos e quando tem festa não consegue dormir. Já chamamos a polícia inúmeras vezes e nada é feito”, reclama a moradora.
Fátima Duck afirmou não ser contra a forma de manifestar a torcida utilizada pelos vizinhos de bairro. “Acredito que o direito de ir e vir, além do respeito à paz e ao sossego devem ser respeitados e isso não está acontecendo”, desabafa.
Em todas as Copas, Vanderley Guimarães e os amigos se reúnem para manifestar a insatisfação em alguns aspectos do Brasil. Homenagear o rival mais repudiado do país foi a forma encontrada por eles.
Mesmo assim, o grupo afirma que não vai torcer pela Argentina e sim para o Brasil. “Queremos deixar claro que somos a favor da Copa, mas também, somos a favor de mais escolas, emprego, saúde e segurança neste país”, destacou Guimarães.
Na estreia da Argentina no Mundial no domingo, 5, contra a Bósnia, os amigos se reunirão para assistir ao jogo com direito a vestir, literalmente, a camisa azul e branco. Num eventual Brasil x Argentina, os acreanos torcem pela seleção canarinho.