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Carta às comunidades cristãs do Acre

Meus queridos amigos e amigas, irmãs e irmãos de todo o Acre,

 A vida parece me testar agora, um momento especial e difícil. O grave estado de saúde do meu pai cruza com o desafio de construir uma etapa nova e maior da minha luta. Deus me ajuda. Não é por acaso que o coração me anima a dividir meus sentimentos com todos vocês, que também buscam a verdade em Cristo.

 Entrei na política porque sou uma mulher de fé. Aprendi no Evangelho a não aceitar as injustiças contra os semelhantes. A política é o caminho que encontrei para lutar por justiça social. Para lutar contra a fome, a violência e o abandono que maltratava o povo acreano, e isso não faz muito tempo.

 Creio que seguimos o caminho certo. Com o governador Tião Viana servimos cada vez aos mais pobres, fortalecemos o projeto de desenvolvimento do Acre e seguimos com as boas mudanças iniciadas nos governos Jorge Viana e Binho Marques. A presidenta Dilma, igual ao presidente Lula, trabalha para todos com respeito à democracia e aos valores da família.

 Minhas ideias são declaradas na Tribuna da Câmara Federal, na imprensa e nas caminhadas pelo Acre. Mas “boatos” e “fofocas” são armas diabólicas que ferem a verdade, roubam sonhos e matam esperanças. Estão colocando na minha boca palavras que não falei, ideias que não tenho, coisas que não fiz.

 Tenho três mandatos de trabalho com as comunidades e igrejas, que são as parceiras certas das famílias, especialmente no combate às drogas. Governos e instituições precisam ser parceiros das igrejas – assim faço na Câmara Federal e, se Deus quiser, faremos no Senado.

 Sobre aborto: sou contra! Muitas mulheres morrem por abortos clandestinos. A realidade exige que o Brasil trate esse mal como um problema de saúde pública e proteja a vida.

 O meu berço é a Igreja Católica. Passei cinco anos no Convento das irmãs Dominicanas. Sai como professora de Catequese. Ajudei a fundar a Pastoral da Juventude e trabalhei dois anos na Casa Paroquial de Cruzeiro do Sul. Casei com o Edvaldo e sou mãe de dois filhos. Minha posição vem da minha fé e formação cristã.

 Sobre casamento homossexual: sou contra qualquer igreja ser forçada a fazer algo contra a doutrina bíblica. A Constituição Federal garante liberdade religiosa e autonomia às igrejas, o que muito me honra, pois o partido do qual faço parte, o PCdoB, foi autor da Emenda Constitucional de 1946 que deu ao Brasil o direito às liberdades religiosas.

 Na verdade, não existe nenhuma lei sobre casamento homossexual. O que existe é uma decisão do Supremo Tribunal Federal que reconhece direitos civis na união de pessoas do mesmo sexo.

 Fiz com Edvaldo, há 26 anos, a escolha de construir nossa família pelos laços do Sagrado Matrimônio. E respeito as pessoas que fazem outras opções.

 Democraticamente nossa chapa para o Senado é composta também pelo pastor Davi e o juiz aposentado Pedro Longo como meus suplentes. Os partidos não sabiam, mas o nosso querido Davi era o pastor da minha mãe. Ele e o pastor Luiz Gonzaga acompanharam a mamãe no leito de morte. Ela pedia que eles orassem por mim, dizia “a política é muito traiçoeira e por isso a minha filha precisa de apoio espiritual”. Deus ouviu as orações da minha mãe. E o pastor Davi é hoje para mim muito mais do que um suplente. É um orientador espiritual que estará ao meu lado, como esteve ao lado da minha mãe, enquanto em vida.

 Peço a oração, o apoio e o voto de cada um de vocês. Quero representar bem o Acre no Senado Federal, fortalecer nossas parcerias, ajudar a presidenta Dilma e o governador Tião Viana seguirem com o bom trabalho e as boas mudanças.

Um abraço da amiga e companheira,

Perpétua Almeida

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