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Senador Jorge Viana aponta “velhas regras” na eleição

Jorge Viana fez longo discurso no Senado sobre a SBPC
Jorge Viana fez longo discurso no Senado sobre a SBPC

Os senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz, ambos do PT, mesmo no recesso parlamentar, abriram sessão especial no Senado, ontem, e fizeram longos discursos sobre temas regionais e nacionais. Jorge Viana (que é vice-presidente da legislativo) lamentou, que as eleições de 2014 no Brasil ainda aconteçam “com regras velhas” e a presença provocadora do “poder econômico. Ele disse que “de novo, o dinheiro vai influenciar negativamente na escolha eleitoral e a politica vai continuar sendo sinônimo de coisa ruim”.

No início de sua fala, ele enumerou três temas a abordar: – A realização exitosa da 66a. Reunião da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) no Acre; – A morosidade na recuperação de estradas federais no Estado, pelo Dnit, do Ministério dos Transportes; e 3 – O que chamou de “politica do terror” orquestrada por uma elite “perversa” que não gosta do PT, nem do Lula, nem da presidente Dilma.

“Política do terror”
A Reforma Política “é a mãe das reformas”, disse o senador, mas ela emperra por conta das elites brasileiras “que são raivosas contra o Lula e o PT”. “Existe uma manifesta má vontade dessas elites e de parte da imprensa para admitir que o Brasil melhorou nos últimos 12 anos.  O Brasil tem o segundo maior PIB dos Brics. A inflação no tempo do governo do PSDB estava em 12%, e o PT mantém próxima d 6%.  O Lula gerou 20 milhões de empregos, o PSDB apenas 4%. O Brasil atravessa a crise global gerando emprego com carteira assinada.

É o terceiro endereço do planeta com democracia plena. Será que isso não pode ser visto como conquista”?

Reportando-se a falta d’água em São Paulo, Jorge Viana informou que o PSDB está há 20 anos no poder no estado, “mas nem água garante”. Vai ter que tirar água do Rio de Janeiro e de Minas.
Para Viana, “a satanização da política piora o país”.

A Copa da Ciência
A 66a Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizada durante a semana (22 a 27) despertou simpatia generalizada dos visitantes e de uma média de 10 mil pessoas que visitaram diariamente o Campus da Universidade Federal do Acre, local do evento.  A começar pela presidente da SBPC, Helena Nader, que considerou o encontro um marco na história da entidade. O reitor da Ufac, Minoru Kimpara, também admitiu que a instituição não será a mesma daqui para frente.

Os números confirmam o marco histórico no estado: Foram mais de 200 atividades, destacando-se 52 conferências, 63 mesas redondas e 50 minicursos, Participantes de todos os estados e  do DF estiveram presentes, e também 20 dos 22 municípios acreanos. Mais de 2.000 pessoas se inscreveram e frequentaram os 50 minicursos durante quatro dias. Foram apresentados 1.127 painéis.

Jorge Viana, que participou da abertura e esteve presente em várias conferências, participando dos debates, também apoiou a busca de apoio antes da reunião. Ele destacou o empenho do deputado federal Sibá Machado (PT/AC) que há três anos propôs a realização da SBPC acreana e não descansou até que a viu concretizada. “Ele fez uma luta quase sozinho para que o Acre recebesse a SBPC. É um grande incentivador da ciência em nosso Estado”, disse.

O grande diferencial da SBPC acreana foi a introdução no programa da SBPC Extrativista e da SBPC Indígena. Helena Nader deixou escorrer lágrima quando afirmou que a SBPC jamais será a mesma após sua versão acreana e que aprendeu muito na sua vinda ao Acre. Da mesma forma, os acreanos ficaram encantados com o diálogo com a ciência de forma tão ampla. O Campus da Universidade pareceu uma cidade universitária, fervilhando de jovens curiosos e interessados de um modo geral.

Jorge Viana disse que “foi quebrado, com o encontro, o muro que separa a Universidade do Acre da população”. O reitor Minoru Kimpara confirma isso.

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