O Araújo é o primeiro grupo empresarial a iniciar obras no Polo Logístico. O trabalho de terraplanagem começa agora, mas as edificações dos 10 mil metros quadrados de área construída iniciam em setembro.
Hoje pela manhã, uma simples solenidade marcou esse momento, que contou com a presença do governador Tião Viana, do secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães, de lideranças empresariais e do sistema financeiro.
Dos 1.873 empregos diretos que a rede Araújo gera diretamente no Acre e Rondônia, a unidade do Polo Logístico estima criar mais 200 postos de trabalho formais. “Hoje, nossas unidades de armazenamento já estão funcionando de maneira precária e precisam de expansão e o Polo vai dar essa resposta”, afirmou o empresário Ádem Araújo, dono do empreendimento, ao lado do irmão Aldenor Araújo.
Os irmãos Araújo vão investir R$ 23 milhões com a unidade do Polo Logístico em Rio Branco. A estimativa é que as outras 17 (das 28 que declararam interesse em se instalar no Polo) invistam R$ 143 milhões nos próximos três ou quatro anos.
“Essa é uma luta que nós batalhamos há nove anos”, lembra a presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Acre, Nazaré Cunha. “E agora, foram reunidas as condições e a determinação do poder público para que o Polo se transforme em realidade”.
O Governo do Acre também investe no Polo. A cifra oficial é R$ 15 milhões, aplicados na infra-estrutura rodoviária do Polo, rede de esgoto, fornecimento de água e rede de energia elétrica. Serão construídos também espaços para o trabalho da Sefaz, Suframa, Receita Federal e Vigilância Sanitária.
“Esse espaço é único no país”, comemorou o governador Tião Viana. “A infra-estrutura ao desenvolvimento é um fator essencial e ela não pode ser só do setor público e não pode ser só do setor privado”.
“A construção do Polo Logístico faz com que nós possamos construir um novo conceito nesse setor distribuidor, atacadista e transportador tanto aqui para o Acre, quanto para a região Norte quanto mesmo para o Brasil”, entusiasmou-se o secretário de Desenvolvimento, Edvaldo Magalhães.
Do ponto de vista jurídico, o Polo Logístico exigiu a elaboração de uma solução que viesse a contemplar tanto as demandas da iniciativa privada quanto a segurança exigida por uma concessão pública. “Tivemos que criar metas às empresas interessadas de maneira que as duas pontas fossem atendidas”, afirmou o procurador geral do Estado, Rodrigo Neves.
Por enquanto, o Banco da Amazônia é a instituição financeira que lidera os financiamentos das empresas que anunciaram interesse em se instalar no Polo Logístico. O último número anunciado pelo próprio governo girava em torno de 78% dos financiamentos estavam sob a assinatura do Banco da Amazônia. (Foto: Divulgação)
Polo Logístico
Local: Km 5 da BR-364 (ao lado da Cidade do Povo)
Área total: 133 hectares
Público: Empresas atacadistas, distribuidoras, transportadoras
Impacto: tem impacto direto na qualidade do trânsito da Capital porque praticamente elimina o trânsito de carretas nas vias centrais
Investimento privado: R$ 143 milhões (estimativa)
Investimento público: R$ 15 milhões