Com as presenças da presidente da República, Dilma Rousseff, da presidente da empresa, Maria das Graças Foster, do governador do Rio, Fernando Pezão, ministros, diretores, parlamentares e da imprensa, a Petrobras comemorou na manhã de terça-feira, 1º de julho, em sua sede no Rio de Janeiro, o marco histórico na produção dos 500 mil barris de petróleo por dia do pré-sal brasileiro.
A presidente Dilma Rousseff ressaltou que os motivos são muitos para festejar. “Hoje estamos comemorando um marco, um grande ciclo vivido pela Petrobras que mostra perspectivas cada vez melhores”. Ela lembrou com orgulho que nesses ciclos de sucessos da Petrobras, ela esteve presente em todos os processos, primeiro como ministra de Minas e Energia. Depois como ministra da Casa Civil, do Governo Lula. “Sei que em muitos momentos esses 500 mil barris diários foram uma ilusão que estávamos impondo, mesmo tudo baseado em dados tecnicamente sólidos. Questões foram levantadas, mas agora em apenas 8 anos mostramos que o pré-sal é uma riqueza real e pertence ao povo brasileiro. É uma vitória da Petrobras. E o mais importante, essa riqueza do pré-sal vai se traduzir em patrimônio do Brasil, além de mostrar oportunidades cada vez mais concretas de avanços na área social, na educação, na economia, no desenvolvimento de várias áreas produtivas gerando mais empregos. Agora sim podemos dizer que o petróleo do pré-sal é cem por cento nosso”, concluiu a presidente.
A produção de petróleo na província do pré-sal
A produção de petróleo nas bacias de Santos e de Campos, na chamada província do pré-sal, superou a barreira de 500 mil barris de petróleo por dia chegando a atingir 520 mil barris, no dia 24 de junho de 2014. Isso em apenas oito anos após a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, no ano de 2006. Desse volume, 78% correspondem à parcela da Petrobras e o restante à contribuição de empresas parceiras nas diversas áreas de produção da camada pré-sal.
O que é o pré-sal
O pré-sal é uma sequência de rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico criado pela separação do antigo continente Gondwana, mais especificamente, pela separação dos atuais continentes Americano e Africano. Entre esses dois continentes formaram-se inicialmente grandes depressões que deram origem a grandes lagos. Ali foram depositados ao longo de milhões de anos, as rochas geradoras do petróleo e do pré-sal.
À medida que os continentes se distanciavam, os materiais orgânicos então acumulados nesse novo espaço foram sendo cobertos pelas águas do Oceano Atlântico, que então se formava. Dava-se início ali a formação de uma camada de sal que atualmente chega a 2 mil metros de espessura. Essa camada de sal depositou-se sobre a matéria orgânica acumulada, retendo-a por milhões de anos até que processos termoquímicos a transformasse em petróleo e gás natural.
No atual contexto exploratório brasileiro, a possibilidade de ocorrência do conjunto de rochas com potencial para gerar e acumular petróleo na camada pré-sal encontra-se na chamada província pré-sal, que fica no litoral entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo. (Com informações da Ag. Petrobras)