A caminhada da Caravana 25, no Bairro Cidade Nova, nesta terça-feira, coincidiu com o descarregamento de 50 toneladas de milho importadas do Mato Grosso. O fato chamou a atenção do candidato ao Governo do Acre, Tião Bocalom, e do candidato ao Senado, o advogado Roberto Duarte Júnior, que propõem introduzir uma política de produção agrícola com geração de emprego e renda capaz de desvincular o Acre da dependência das importações. “No nosso governo, se Deus quiser, não passaremos mais por isso”, garantiu Bocalom.
O gerente da importadora, Valdecir Inácio Quichadeva, disse que a produção de milho no Acre é insuficiente para suprir a demanda. “A produção daqui é pequena e 20% mais cara”, declarou o comerciante. “O Acre tem terras boas e gente trabalhadora. Falta apenas o incentivo dos governantes”, acrescentou. Ele lembra o isolamento do Acre com o Sul do país, agravado mais recentemente pela cheia do Rio Madeira, o que aumentou “a nossa dependência por grãos e outros alimentos”.
Bocalom, citando o seu Plano de Governo, afirmou que o Acre tem as condições favoráveis para uma intensiva produção agrícola. “Estamos numa região estratégica, de fronteira. Vamos ter uma área produtiva de grãos em torno de 100 mil hectares. Apoiaremos os agricultores, trazendo o calcário, mecanizando o solo, dando condições de transporte e subsidiando a produção, que também será voltada para a exportação”, propõe o candidato.
Para o candidato ao Senado, Roberto Duarte, o Acre pode, a exemplo de outros estados, priorizar a agricultura e formar uma cadeia produtiva, assim definida por ele: “a princípio, vamos garantir a segurança alimentar da nossa gente. Usaremos tecnologias de ponta para garantir uma produção em larga escala, incentivando a agroindústria, formada também pela fruticultura”. A Caravana 25 e 333 prosseguiu sua caminhada pelo bairro. Receptivos, os moradores, a exemplo de outras comunidades, reclamaram da insegurança e da falta de oportunidades de trabalho, principalmente para a juventude. Maicon Duarte de Souza, 24 anos, disse que não basta construir espaços de lazer, sendo o emprego, na sua avaliação, a principal ação inibidora para o jovem não caia na criminalidade. A mesma opinião é compartilhada pela moradora da Rua Poços de Calda, a funcionária pública Hérica da Silva. “Os jovens deste bairro estão ociosos”. (Texto e foto:Assessoria)