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Roberto Duarte e a ponte sobre o Abunã: ‘se for preciso, dormirei à porta do próximo presidente’

 O candidato ao Senado pela coligação “Produzir Para Empregar”, Roberto Duarte, afirmou que, se for preciso, irá dormir na porta do Palácio da Alvorada até o futuro presidente da República incluir, no Orçamento Geral da União, os recursos para a construção da ponte sobre o Rio Abunã. “Aquela ponte é vital para o desenvolvimento e valorização do Acre”, disse o candidato, indignado com a decisão da presidente Dilma Roussef (PT), que cancelou a dotação orçamentária prevista para a obra.

“O silêncio da Bancada Federal deixa toda a população ainda mais aflita e decepcionada”, afirmou Duarte. A presidente petista remanejou para outras áreas os R$ 15 milhões que estavam destinados ao início dos serviços. A obra inteira, orçada em R$ 1,5 bilhão, já não tem prazo para início ou conclusão e o assunto só deve pautar a agenda dos deputados e senadores em 2015.

“O que está por trás dessa omissão? O que é ‘contrariedade do interesse público’ alegado no veto presidencial?”, questionou o candidato, que critica o monopólio exercido há décadas pelo empresário que explora a travessia e, “em tempos difíceis, como a recente cheia histórica do Rio Madeira, impôs, impunemente, uma tabela de preços absurda, impraticável por boa parte dos cidadãos que utilizam a BR-364”.

Para Roberto Duarte, “o fato dos acreanos penarem com o isolamento por quase dois meses devia ter servido de estímulo para que os políticos do nosso estado se unissem em torno da questão”.

Prêmio Nobel afirma: culpa foi das hidrelétricas

Em palestra ministrada na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o renomado cientista especializado em climatologia, Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), afirmou o que alguns políticos tentam ignorar: a histórica cheia do rio Madeira teve como causa a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

O francês radicado no Brasil há 40 anos dedica boa parte do seu tempo em alertar a humanidade sobre os riscos crescentes das mudanças climáticas e de impactos ambientais. Fearnside demonstrou a relação entre hidrelétricas e a emissão de gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.

Pelos estudos do cientista, a implantação de grandes hidrelétricas em cidades Amazônicas – Tucuruí e Belo Monte (Pará) e Santo Antônio (Rondônia) – podem ser apontadas como parte responsável por fenômenos climáticos como secas e enchentes testemunhadas recentemente na Amazônia. A cheia histórica do Rio Madeira trouxe muitos transtornos para moradores do Acre e Rondônia, principais Estados afetados pela enchente. Por dois meses, a população sofreu com a falta de combustível e com o desabastecimento nos supermercados da capital e do interior. (Assessoria)

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