O líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Assembleia Legislativa (Aleac), deputado Luís Tchê, em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 26, criticou o desempenho da bancada federal do Estado. Segundo o deputado, os parlamentares federais não estariam conseguindo negociar benefícios fiscais para o Acre.
“Definitivamente a bancada federal não está conseguindo viabilizar benefícios fiscais para nosso Estado. De que forma vamos alavancar nossa economia se o Governo Federal não tiver um olhar especial por esse Estado? Cabe à bancada lutar por isso”, disse.
O deputado voltou a criticar o que ele classificou como falta de empenho dos parlamentares em conseguir a instalação da Área de Livre Comércio no Acre. “Será que não conseguimos ou não temos competência de negociar a instalação de uma zona franca no Acre?”.
Tchê lembrou que recentemente o Congresso Nacional aprovou a PEC 20/2014 que prorroga os benefícios tributários da Zona Franca de Manaus até 2073. “São mais 50 anos de zona franca para Manaus. Tenho certeza que parlamentares acreanos votaram a favor da prorrogação. E porque não lutar pelo próprio Estado?”, argumentou Tchê.
O parlamentar afirmou que acreanos estariam indo para o Amazonas em busca de emprego. “Só no ano passado, a Zona Franca gerou 113 mil empregos diretos, e há mais de 600 empresas só no seguimento de eletroeletrônico, gerando 500 mil empregos indiretos. Tem muito acreano indo embora para Manaus em busca de estabilidade financeira”, afirmou.
Tchê frisou que o Acre faz questão de preservar a floresta, porém, não ganha nada em compensação. “O que o Acre ganhou até hoje por preservar 80% da floresta? A única coisa que ganhamos foi uma Área de Livre Comércio que completa 20 anos, mas até hoje não foi regulamentada.
Tchê pediu a alteração da lei que hoje abrange os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul como áreas de livre comércio. “Porque nós não mudamos a lei? O Acre poderia ser considerado todo ele como área de livre comércio. Uma Zona Franca tem incentivos fiscais. Eu vou dizer que se realmente isso acontecesse no nosso Estado teríamos uma economia garantida. Nossos filhos sairiam da faculdade e estariam empregados”, finalizou.