O terceiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre e presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), deputado José Luis Tchê (PDT), voltou a defender nesta segunda-feira, 4, a criação de um bloco de deputados federais e senadores dos estados da Amazônia, para defender os interesses e os projetos de desenvolvimento para os municípios que estariam tendo dificuldades em âmbito federal.
Tchê acredita que a união dos parlamentares da Amazônia trará conquistas significativas para os estados.
“Creio que a bancada de oito deputados federais e três senadores é pouca. Mas, se os deputados se unirem todos os estados ganham. Dessa forma, teríamos 27 senadores e mais de 100 deputados federais e, com esta composição, teríamos condições de aprovar os projetos que beneficiarão todas as cidades da região”, afirmou.
Tchê voltou também a citar a criação de uma Zona Franca no Acre como forma de compensação pela preservação da floresta e como meio de fortalecer a economia no Acre.
“Eu defendo a implantação de uma Zona Franca no Acre. Fazemos questão de preservar a floresta e isso precisa ser compensado de alguma forma. Temos o exemplo da Zona Franca de Manaus que está gerando 113 mil empregos diretos e uma receita total próxima de R$ 90 bilhões. Uma zona franca fortaleceria, sem sombra de dúvida, nossa economia. Nós vivemos à mercê da sorte, vivemos de sobras”, frisou.
O parlamentar comparou o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), ao programa do Governo Federal, Bolsa Família.
“Vivemos apenas do FPE e esta receita não está dando mais certo. Na realidade, hoje, o FPE é uma espécie de bolsa família que a presidente Dilma destina aos estados. O valor não é o suficiente para o Estado se manter, haja vista que a cada ano o valor desse repasse diminui”, disse.
O pedetista lembrou que nesta terça-feira, 5, o Congresso Nacional realiza sessão solene para promulgar a Emenda Constitucional número 83, que prorroga os benefícios tributários da Zona Franca de Manaus até 2073.
“Enquanto o Amazonas aumenta seus investimentos, além de dar continuidade a um regime que vem colaborando para o seu desenvolvimento socioeconômico, os outros estados da região continuam a afundar em dívidas. Nos prometeram a criação de uma área de livre comércio e até hoje ela não saiu do papel”, finalizou.
(Foto: Arquivo Aleac)