X

Era de se prever

Aquilo que se previa começou a acontecer: a Justiça Eleitoral já está às voltas com as primeiras representações de candidatos ou coligações contra adversários que estariam fazendo o uso indevido das redes sociais.
E a tendência é a de que, na medida em que a campanha vai se acirrando, esses casos se multipliquem e os legisladores terão sérias dificuldades para julgar. Primeiro, porque as chamadas redes sociais se tornaram uma espécie de “território livre”, onde tudo é permitido e, até mesmo, tecnicamente, difícil de identificar quem é quem.

Em muitos casos, como alguém já bem definiu, desgraçadamente, tornaram-se verdadeiras “redes esgoto”, onde se despejam todo o tipo de sujeira e até mesmo de incitação à violência e à criminalidade.

Era de se prever, portanto, que, ao alcance de maus políticos ou seus seguidores, esses instrumentos da nova média estariam servindo para degradar ainda mais a atividade política no conceito da opinião pública.

De qualquer modo, cabe à Justiça Eleitoral estar atenta e fazer o possível para coibir os excessos, mesmo que a legislação seja omissa e falha para disciplinar essa nova realidade.

A Gazeta do Acre: