Durante a caminhada da Caravana 25 e 333, no Bairro Chico Mendes, os candidatos ao Governo do Acre, Bocalom, e ao Senado, Roberto Duarte, estiveram com vítimas da violência que tomou conta da cidade. Uma senhora, que tem um comércio na Rua da União, perdeu o marido durante um assalto, ocorrido há cerca de um mês. A 200 metros do local, outro comerciante, Jair Goulart Freire do Vale, depois de ter sido assaltado seis vezes, mostrou as marcas de um tiro de escopeta disparado por um assaltante. Com medo de represálias, o homem não quis aparecer.
“Esta comunidade está vivendo sob o domínio da violência. Os constantes assaltos, arrombamentos, brigas de gangues e o tráfico de drogas nesta região deixaram as pessoas com muito medo”, disse Bocalom, para quem a população acreana vive ‘uma sensação de insegurança’. Ele pediu para a reportagem não expor a imagem das vítimas.
Bocalom garantiu que vai ampliar e fortalecer o efetivo da Polícia Militar, contratando 3,2 mil novos profissionais, dotando-os com equipamentos modernos. Disse também que vai reestruturar as delegacias, melhorando as condições de trabalho dos policiais civis, investindo em inteligência. “Enquanto não diminuirmos os problemas econômicos e sociais, principais causas da violência, vamos combater firmemente esse que é um dos principais problemas a serem enfrentados”, garantiu o candidato, afirmando que vai criar a Polícia da Família.
Morador do bairro há 20 anos, o comerciante Francisco de Paiva Andrade, que trabalha em uma mercearia cercada por grades, já foi assaltado três vezes. “Estou trabalhando para os bandidos”, ironizou ele, afirmando que, além de nunca terem construído um box da PM no bairro, a ronda policial é praticamente inexistente.
Os comerciantes Raimundo da Costa Brava, Dílson Miranda da Silva, José Oliveira Pimentel e Joselmo Souza Santos também relataram casos de assaltos e arrombamentos em seus estabelecimentos.
Para conter a escalada da violência, o candidato ao Senado, advogado Roberto Duarte, defende a mudança do Código Penal, destacando a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, o que, em sua opinião, desestimularia a impunidade. “A Segurança Pública é uma política de Estado, mas não nos impede de modificar leis ultrapassadas ou inadequadas”, comentou ele, defendendo também mais oportunidades para os jovens, incluindo-os no mercado de trabalho, além dos sagrados direitos ao esporte e ao lazer. (Texto e foto: Assessoria)