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Alunos denunciam a falta de professores que ministram os cursos do Pronatec

“Eles estão sem aula há um mês”, denuncia Sirlene de Souza, cabeleireira e mãe de um dos alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Rio Branco. Além disso, os alunos afirmar também que, em quatro meses de curso, ainda não receberam o valor da bolsa. O programa prevê o pagamento diário de R$ 15 para cada aluno de baixa renda comprovada.

“Esse dinheiro serviria para arcar com o transporte e o lanche dos alunos, mas até o presente momento o meu filho não recebeu um único centavo. Isso não é o que mais me preocupa e sim a falta de professores. É inadmissível”, denuncia Sirlene de Souza.

O filho da cabeleireira estuda no Colégio Barão do Rio Branco. E a turma que está sendo prejudicada promete fazer uma manifestação na manhã desta terça-feira, 19, em frente à escola.

“Meu filho tem 16 anos e todos os dias mando ele para o curso, apesar das dificuldades financeiras para arcar com o transporte, e ele volta cedo dizendo que não teve aula por falta de professor”, explica.

O Pronatec é um projeto criado pelo governo federal em 2011 para capacitar pessoas entre 16 e 59 anos. O Ministério da Educação seria responsável por repassar a verba para as escolas credenciadas. Em Rio Branco, os alunos do curso de redes de computadores é que fazem a denúncia.

De acordo com a assessora do Instituto Dom Moacyr (IDM), Tamara Smoly, a falta de professores se deu pelo processo seletivo não ter tido candidatos aprovados. “Mas, essa situação já está sendo resolvida. Dois mediadores estão passando por capacitação nesta semana e as aulas serão retomadas na próxima segunda-feira, 25”, explicou.

Sobre o pagamento da bolsa auxílio, a assessora confirma que a folha de pagamento dos alunos foi encaminhada no mês passado e a maior parte dos mais de cinco mil alunos que participam do programa pelo IDM já receberam o benefício.

“É importante a gente saber quem ainda não recebeu até que o pagamento seja feito. Mas, alguns cursos são de curta duração e alguns alunos começam a estudar num dia e já querem a bolsa no outro e não é assim que acontece. No caso do filho da dona Sirlene, já encaminhamos o processo dele para que no máximo até a próxima semana o dinheiro esteja à disposição dele”, destacou.

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