Ao analisar a atual conjuntura política do Brasil, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) voltou a cobrar de seus pares, no Senado, a aprovação do PLS nº 132/2014, de sua autoria, que prevê uma vaga para mulheres nas eleições para o Senado. “É preciso estabelecer equilíbrio de gênero no Legislativo brasileiro e nós podemos começar destinando uma vaga às mulheres e outra aos homens quando duas vagas ao cargo de senador estiverem em disputa. Assim, estaremos contribuindo para diminuir essa diferença gritante, essa desigualdade que existe no que diz respeito à representação feminina no parlamento”, defendeu o senador.
Aníbal destacou que o cenário político brasileiro nestas eleições evidencia uma inequívoca e positiva mudança de paradigma na política nacional, o que é favorável à apreciação e aprovação de sua proposta. “Pela última pesquisa Ibope, divulgada essa semana, a presidenta Dilma Rousseff teria 34% das intenções de votos para a sua reeleição e a candidata Marina Silva, do PSB, teria 29%, ultrapassando em 10% o candidato do PSDB, Aécio Neves, que aparece com 19%. Ou seja, se as eleições fossem hoje, teríamos um eventual segundo turno com a presença de duas mulheres disputando a Presidência do Brasil.”, destacou.
Para o senador esse é fato inédito na política nacional e que revela bem a extrema relevância de seu projeto. “Volto a defender firmemente com convicção a importância de ampliarmos a participação política das mulheres no Parlamento brasileiro. Caso consideremos o resultado das eleições de 2010, nas eleições de 2010 as duas mulheres candidatas, Dilma Rousseff e Marina Silva, tiveram 67% dos votos. Os oito candidatos homens ficaram com o restante dos 33% dos votos”, frisou.
Aníbal Diniz destacou ainda que há duas eleições consecutivas protagonizadas por mulheres e, ao mesmo tempo, existe um Parlamento sub-representado por mulheres. “Nós temos hoje apenas 8,6% de representação feminina no nosso Parlamento. Temos uma presidente eleita e candidata à reeleição, com uma outra candidata, Marina Silva, que assume a segunda posição, com a possibilidade de haver segundo turno com duas mulheres disputando a Presidência. No entanto, nós temos, aqui no Senado Federal, das 81 cadeiras, apenas 10 ocupadas por mulheres e, na Câmara dos Deputados, dos 513 assentos apenas 45 ocupados por mulheres”, comparou.