Depois de terem sido recepcionados por dezenas de militantes e saírem em carreata pelas ruas da cidade, os candidatos ao governo do Acre, Bocalom, e ao Senado, Roberto Duarte, em reuniões realizadas nos bairros da Pista Velha e Corcovado, nesta terça-feira, comprometeram-se em fazer saneamento básico em Tarauacá – um dos municípios brasileiros com maior número de doenças relacionadas à falta do benefício, notadamente as hepatites.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de saúde seria o completo bem estar físico, mental e social do indivíduo, e não somente a ausência de doença. “Para ter saúde, por exemplo, precisamos de saneamento básico nas cidades. Mas como teremos isso se não são alocados os recursos necessários pelos governos federal e estadual? O governo não investe no saneamento porque as obras ficam escondidas debaixo da terra, ou seja, não dá voto”, denunciou Bocalom.
Em Tarauacá, assim como em todas as cidades do Acre, falta água tratada nos domicílios, os esgotos correm a céu aberto, falta canalização, tratamento e separação dos resíduos sólidos. O resultado desse mix de descaso, diz Bocalom, é um Deus-nos-acuda para as famílias, que se deparam com enfermidades sobretudo entre crianças e idosos. O aumento da mortalidade infantil está diretamente ligado à falta de saneamento básico”, comparou o candidato, acrescentando que, a cada inverno, é possível perceber a fragilidade do saneamento com a chegada das pequenas chuvas, tendo como consequências ruas alagadas, residências invadidas pelos dejetos que jorram das obras malfeitas ou inacabadas.
Roberto Duarte reafirmou que saneamento básico é uma das principais propostas em sua campanha pelo Senado. “Vou denunciar essa calamidade em Brasília”, disse ele, comprometendo-se em alocar recursos no orçamento geral da União. “A cada R$ 1 investido em saneamento básico, economizamos R$ 4 na saúde. Além disso, a realização de obras é uma forma de geração de emprego para o grande exército de desempregados do Estado”, explicou o candidato.
“A democracia funciona bem com a alternância de poder e com a renovação dos dirigentes. O estado moderno, democrático, não deve permitir permanência de um grupo no poder por tanto tempo. Isso favorece a corrupção, a formação de cartéis, quadrilhas e tudo mais que é nocivo e pernicioso à sociedade”, disse Duarte.