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Caixa-preta do jato que conduzia Campos chega a Brasília para perícia

A caixa-preta do jato particular que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, matando o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, e outras seis pessoas chegou a Brasília na madrugada desta quinta-feira (14) para ser periciada no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O objeto foi recolhido na quarta (13) por uma equipe da Aeronáutica entre os destroços do próprio avião e de algumas casas atingidas pela aeronave. A caixa-preta será periciada no laboratório de análise de dados de gravadores de voos do Cenipa, em Brasília.

Ainda não há informações sobre o estado do equipamento, que foi recuperado no trabalho de busca. Segunda a Força Aérea Brasileira (FAB), o modelo Cessna que caiu em Santos tem apenas gravador de voz.

A FAB informou ainda que o processo de análise da caixa-preta terá início pela desmontagem do equipamento, para que os peritos tenham acesso a sua memória interna. Posteriormente, será feita a avaliação das condições de leitura dos dados e a transcrição das conversas gravadas.

Não há prazo para que os trabalhos de análise da caixa-preta sejam concluídos. De acordo com a FAB, a perícia depende das condições físicas do equipamento.

Os destroços recolhidos no local do acidente serão enviados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos (SP). Se essa análise for insuficiente, o material pode ser enviado para laboratórios no exterior.

Em Santos, a perícia não estipulou um prazo para terminar as buscas pelos corpos, já que, segundo os bombeiros, o impacto do acidente foi tão grande que dificilmente um corpo será reconhecido sem passar por um exame de DNA. As buscas por destroços e restos mortais estão concentradas na cratera criada pela queda do avião, em um terreno do bairro Boqueirão.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave tinha capacidade para 12 pessoas, o Certificado de Aeronavegabilidade estava em dia e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM), válida. O jato havia sido fabricado em 2010 e não há registro de acidentes envolvendo o avião, informou a Anac.

Ainda segundo a agência reguladora, os pilotos que conduziam a aeronave, Marcos Martins (comandante), 42 anos, e Geraldo Magela Barbosa da Cunha (copiloto), 44 anos, estavam com a licença e com as habilitações válidas.

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