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Festival do Mariri 2014 celebra a reunificação do povo Yawanawá

Uma das tribos mais conhecidas do Acre mundo afora, os Yawanawa promovem nesta época do ano uma festa que atrai centenas de pessoas, de vários países, além de autoridades políticas, religio-sas e empresários, nas aldeias Nova Esperança e Mutum. Trata-se do Festival Yawa do Mariri.

As festas ocorrem sempre no verão amazônico, em agosto e outubro, quando o Rio Gregório está bem vazio e sem chuvas típicas da região. Centenas de turistas de outros países que enfrentam longas distâncias participam dos festejos com os índios Yawanawa.  Eles celebram o Mariri, na aldeia Mutum, na cabeceira do Rio Gregório, e o Yawa, na Aldeia Mutum, onde se localiza a reserva indígena do povo Yawanawa (ou Povo da Queixada, o porquinho do mato)

A terra Yawanawa foi demarcada pela primeira vez em 1933, com 92 mil hectares. Em 2003, os indígenas pediram a revisão dos limites, mas só em 2005 ela foi feita, o que expandiu seus territórios para 198 mil hectares.

O Mariri (chá do daime) nasceu na Amazônia Acreana, mais especificamente na Terra Indígena do Rio Gregório, onde está localizada a aldeia Mutum, dos índios Yawanawa. O Festival do Mariri foi criado após uma visão do cacique Raimundo Tuypuru, que sempre trabalhou para as realizações culturais e espirituais dos yawanawá.

O filho do cacique, Joaquim Tashka, assumiu a tribo e deu sequência ao que é hoje o festival cultural indígena que perpetua os costumes ancestrais, passados de geração em geração.

O festival da aldeia Mutum vem crescendo e agregando povos e raças. Ao mesmo tempo, cria um espaço onde as pessoas se sentam para conversar, comer e contar ‘causos’ bons ou ruins que aconteceram no decorrer do ano que passou.

Também reconecta com as famílias e reunifica as forças com espíritos yawanawa. O povo yawanawa é dividido politicamente em duas organizações cooperativa yawanawa que reúne a aldeia Nova Esperança e Amparo. E a associação sócio-cultural yawanawa, que representa as demais seis comunidades.

Há seis anos, os yawanawa não se reuniam para a celebração juntos. Nas festas anteriores, os festivais organizados na Aldeia Nova Esperança não tinham a participação total dos yawanawa.

  Etnoturismo – O interesse de estrangeiros pelos costumes indígenas na região vêm crescendo. Por isso,  o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, tem investido no etnoturismo, por entender que esta é uma das vocações locais.

Além do apoio para realização do evento, está sendo erguida uma infra-estrutura turística, composta de pousadas, restaurante, cozinha, banheiros, em três aldeias onde acontecem festivais abertos aos turistas: Nova Esperança, Mutum e Lago lindo.

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