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Governo lança plano de combate a incêndios

Mais de 40 entidades se uniram para combater queimadas
Mais de 40 entidades se uniram para combater queimadas

Mais de 40 entidades ligadas ao meio ambiente participam da execução das ações previstas no plano de prevenção, controle e combate às queimadas e incêndios florestais 2014, que foi lançado nesta quinta-feira, 31. Um dos principais objetivos é preparar o Estado para uma possível situação de emergência.

A novidade este ano é que o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), através do número 193, receberá as denúncias e, após uma triagem, os órgãos serão acionados.

As principais entidades são: Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), Corpo de Bombeiros do Acre, Defesa Civil Estadual e Municipal, Ibama e Prefeitura de Rio Branco.

“Antes, a população ficava confusa sobre a qual órgão realizar as denúncias. Agora o major Charles Santos realiza uma triagem e encaminha as denúncias aos órgãos competentes. Isso certamente dará mais agilidade à resposta para a população”, explica o secretário estadual de Meio Ambiente, Edgard de Deus.

O comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel José Alberto Flores, explicou que o incremento de 250 novos militares na corporação irá ajudar no combate a incêndios, além da aquisição de equipamentos específicos. “Não fazendo o uso do fogo e denunciando quem insistir em violar orientação. A corporação possui recursos para atuar em várias ações, na ordem de R$ 10 milhões e estamos aguardando a liberação de mais R$ 33 milhões”, confirma. Atualmente o Corpo de Bombeiros possui um efetivo de 560 homens.

O Acre apresentou 248 focos de calor entre janeiro e julho deste ano. Os municípios que mais queimam são Capixaba e Cruzeiro do Sul, destaca Flores.

Este ano, caso seja necessário, o Estado contará com o apoio do Ibama através de seu helicóptero que possui uma adaptação capaz de utilizar o instrumento chamado Bambi Bucket,  que é uma grande bolsa que transporta água para apagar incêndios de grandes proporções.

O diretor-presidente do Imac, Fernando Lima, confirma que em todo o Estado existem cinco núcleos estruturados com técnicos e equipamentos e que os principais focos de calor são registrados nas regiões de Tarauacá-Envira e no Juruá. Em Rio Branco mais de quatro equipes trabalham desde o início do ano na fiscalização e no licenciamento ambiental.

Fumaça vinda da Bolívia
Segundo o secretario estadual de Meio Ambiente, Edgard de Deus, não existe nenhum acordo oficial com a Bolívia sobre o combate às queimadas. E explicou que a fumaça que chega ao Estado proveniente do país vizinho ocorre devido ao comportamento dos ventos.

“O que há é um entendimento informal que cada um cuida do seu pedaço. Por isso, pelo quarto ano estamos lançando o plano de prevenção, controle e combate às queimadas e incêndios florestais. Isso não quer dizer que o Acre não queima. Mas, da mesma forma que uma frente fria do sul do país chega ao Estado, dependendo da direção e da intensidade dos ventos, a fumaça de outros estados e países também pode passar por aqui”, destacou.

Vale ressaltar que as queimadas urbanas são terminantemente proibidas. “O fogo não é bom para ninguém”, afirma Edgard de Deus. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

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