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Instituto Ecumênico debate a ‘mercantilização’ da fé nesta terça

Instituto discutirá tema polêmico sobre fé e dinheiro
Instituto discutirá tema polêmico sobre fé e dinheiro

Fé e dinheiro são dois temas distintos. E, quando são relacionados um com o outro, sempre geram polêmicas. Para não perder esta questão de vista, o Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre (IEFP) vai reunir suas diversas denominações religiosas para centrar o seu debate interno mensal sobre tal assunto. O encontro será realizado na próxima terça-feira, dia 26, às 18h, no salão paroquial da Catedral de Rio Branco, sob o título ‘A Mercantilização da Fé’.

De acordo com o secretário geral do IEFP, o teólogo Manoel Pacífico, o objetivo maior desta discussão será o entendimento em comum de até aonde vão os limites da religião e do dinheiro quando ambas precisam se relacionar, respeitando sempre as crenças, os princípios e as bases de ensinamentos de cada doutrina. A sugestão partiu de uma liderança evangélica e foi bem aceita.

Como exemplos oportunos para esta reflexão, o IEFP vai resgatar os holofotes que teve a construção em São Paulo de uma réplica do suntuoso templo de Salomão, a aquisição de canais de televisão e de espaços em rádios (uma tendência nos dias de hoje), a disputa de maior espaço político por parte de Igrejas (a se observar pelo tanto de candidatos de bandeiras políticas religiosas), e a adoção de símbolos de ostentação mundanos. Todas situações sucedidas de muita polêmica.

Para o debate, serão convidados os membros do instituto; o padre Mássimo Lombardi, reitor da catedral; e o pastor J. Conceição. Outras lideranças religiosas também devem participar.

“Esta é uma discussão delicada. Mas precisamos refletir sobre estas compras pesadas e tradições caras. Porque, de outro lado, temos a fome de milhões de pessoas em muitos países, guerras e conflitos de natureza muitas vezes até religiosas, os próprios desafios de cunho socioambiental e os de fluxos migratórios inconsequentes, como é o caso dos hatianos aqui para nós, acreanos. O fato é que as igrejas e centros religiosos precisam repensar as suas posturas diante de questões”, finalizou Pacífico.  (Foto: Divulgação)

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