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Terceiro Encontro de Reitores Universia define 6 prioridades na Educação Superior

Encontro da Universia reuniu reitores e jornalistas de todos os estados brasileiros
Encontro da Universia reuniu reitores e jornalistas de todos os estados brasileiros

(Foto: Della Rocca Imagens)

O III Encontro Internacional de Reitores Universia reuniu mais de 1.100 universidades de 31 países no Rio de Janeiro, nos dias 28 e 29 de julho, para discutir o futuro da Educação Superior e a universidade do século XXI. Temas como internacionalização, tecnologia e a responsabilidade social e ambiental das universidades foram discutidos. A Universidade Federal do Acre (Ufac) foi representada pelo reitor Minuro Kinpara.

O Instituto Federal do Acre (Ifac) também esteve presente, através da reitora Dra. Rosana Cavalcante dos Santos. Ela definiu a participação do Ifac no evento como um marco para a instituição.

“Dentre vários temas abordados, acredito que a reflexão coletiva sobre o presente e futuro das universidades ibero-americanas, debatida durante o encontro, serviu como ponto de partida para uma estratégia comum de atuação. Isso com base em questões-chave, como a internacionalização da universidade, tecnologia, estrutura e a postura do professor”, afirmou a reitora.

Segundo Rosana, esses encontros contribuem para a discussão das ações a serem desenvolvidas e fortalecem as relações entre instituições. “Durante o evento, conversamos com reitores que podem contribuir com a oferta de cursos Lato Sensu e Stricto Sensu, para qualificar docentes e técnicos”.

O encontro buscou quatro grandes objetivos: impulsionar a modernização das universidades; fomentar sua internacionalização, o empreendedorismo e a inovação universitária; identificar fatores que reforcem o papel de liderança social da Universidade; e, por fim, destacar sua importância como produtora de conhecimentos e como instrumento decisivo para o desenvolvimento econômico e social dos países.

Com o tema ”A universidade do século XXI: uma reflexão da Ibero-américa”, uma das palestras da programação foi apresentada pelo presidente do Banco Santander e do Universia, Emilio Botín. Ele anunciou o investimento de 700 milhões de euros em projetos universitários nos próximos quatro anos. Para o Brasil, serão destinados 70 milhões.

Deste montante, 40% vão para bolsa de acesso e de mobilidade nacional e internacional de alunos e professores; 30% para fomentar a investigação, a inovação e o empreendedorismo universitário; e os 30% restantes irão para apoiar projetos acadêmicos e iniciativas destinadas à modernização e incorporação das novas tecnologias na universidade.

A rede Universia congrega 1.290 universidades de 23 paí-ses, representando um total de 16,8 milhões de alunos e professores, sendo 76% da comunidade universitária ibero-americana. A rede nasceu há 14 anos na internet. O local é utilizado para a troca de conhecimento e cooperação, impulsionando projetos com universidades, empresas e alunos. E atende às necessidades de pré-universitários, universitários, alunos de pós-graduação e professores.

Entre os desafios enfrentados pelas universidades no século XXI, está a difícil tarefa de acompanhar a tecnologia e também de atrair a atenção de um estudante multiconectado. A postura dos professores, a formação continuada, a mobilidade e a melhoria no Ensino Superior também foram temas colocados em debate.

“Nunca houve uma reunião tão relevante com representantes máximos de tantos países diferentes”, falou Botín. De fato, universidades de todos os continentes estiveram presentes no encontro: 80,5% da América Latina, 15,3% da Europa, 2,1% dos Estados Unidos e Canadá, 1,5% da Ásia e Oceania e 0,5% da África. Nas edições anteriores, o Encontro Internacional de Reitores Universia reuniu, respectivamente, 975 reitores em Guadalajara, no México (em 2010), e 490 em Sevilla, Espanha (em 2005). O IV Encontro Internacional de Reitores Universia terá lugar em Salamanca em 2018.

No fim do evento, Emilio Botín destacou seis temas que surgiram nos debates e que são prioritários para o futuro da Universidade. São eles:

– A necessidade de liderança social da Universidade para ‘desempenhar um papel ativo e contribuir para o desenvolvimento social, institucional, cultural e econômico dos diferentes países’.

– A necessidade de renovar os modelos de formação e a oferta educativa com o apoio dos governos e o setor privado, para ‘abrir a universidade e responder às novas exigências e expectativas dos seus estudantes e da própria comunidade’.

– A internacionalização como fator imprescindível na relação entre universidades e sistemas universitários num mundo global.

– O investimento em I+D+i como investimento estratégico e profundamente social, ‘diretamente relacionado com a geração de emprego, competitividade, prosperidade econômica e o progresso social e cultural’.

– A colaboração universidade-empresa como algo essencial, ‘para atingir um aproveitamento estratégico do conhecimento a favor do desenvolvimento econômico e social e do empreendimento’.

– A dimensão digital da universidade, atingindo a plena integração das práticas digitais a nível institucional, como “um desafio de primeira ordem para as universidades”.

Reitores do Ifac e da Ufac participaram do evento
Reitores do Ifac e da Ufac participaram do evento

(Foto: Divulgação)
Um compromisso global
O presidente da Universia destacou que a Carta do Rio ‘representa não apenas uma declaração de princípios, mas um magnífico Roteiro para que a Universidade Ibero-americano desempenhe um papel crucial nos próximos anos’.

Emilio Botín encorajou as instituições regionais e mundiais, empresas e universidades a se envolverem pessoalmente para ‘trabalhar fortemente na difusão das conclusões deste encontro e em fazer com que a Carta do Rio se transmita e se desenvolvam planos concretos e calendários de implementação’.

Lançada a plataforma Miríada X de educação online, a primeira em e-learning espanhol e português

Presidente do Santander destacou a nova ferramenta
Presidente do Santander destacou a nova ferramenta

Os presidentes da Telefônica, César Alierta, e do Banco Santander, Emilio Botín, apresentaram na tarde de domingo, 27, no Rio de Janeiro, a primeira plataforma de e-learning em língua espanhola e portuguesa no mundo: a Miría-daX. O programa tem como público em potencial cerca de 600 mil pessoas.

Trata-se de uma plataforma de massive open online course (Mooc’s) – curso online aberto em massa, em inglês -, baseada na aprendizagem colaborativa. Os cursos são livres (qualquer pessoa pode fazê-los independentemente do nível de instrução), gratuitos e a distância.

Atualmente, são 33 universidades latino-americanas que oferecem um total de 153 cursos através da MiríadaX, entre elas a prestigiada Universidade de Salamanca, na Espanha. A plataforma conta ainda com uma comunidade de 990 professores e 750 mil alunos inscritos.

Em 2014, três universidades brasileiras vão disponibilizar seus cursos em MiríadaX: Unisinos, PUC-RS e Anhembi Morumbi. A partir de agosto, a Unisinos oferecerá um curso sobre Empreendedorismo. Os cursos das demais instituições ainda não têm data prevista de lançamento.

“A PUC-RS acaba de assinar um convênio com a MiríadaX. Estou muito otimista. A educação online facilita o acesso ao conhecimento e ao progresso do país”, falou o reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Joaquim Clotet.

“As novas tecnologias são fundamentais para ajudar na propagação do conhecimento. Na América Latina, encontramos uma necessidade crescente de educação e uma geração que demanda claramente por tecnologia. Isso suporta uma base sólida para o sucesso de MiríadaX. Sem conhecimento não há inovação”, falou Alierta.

Para Botín, a educação online tem potencial para revolucionar a própria história do mundo. “A imprensa foi uma revolução e, certamente, o conhecimento que pode ser transmitido através da internet é, possivelmente, a próxima grande inovação educacio-nal que temos o privilégio de estar vivendo”, disse.

A plataforma oferece às equipes docentes das 1.290 universidades iberoamericanas parceiras da rede Universia uma plataforma para a publicação e compartilhamento de Moocs. “As universidades enfrentam o desafio de utilizar a tecnologia como elemento de trabalho diário que as ajudem a adquirir uma perpectiva atual e eficaz, além de incorporar estratégias que façam parte ativa da sociedade”, falou Botín.

Para o reitor da Unam, educação é um bem público que todos os indivíduos devem ter acesso. “O conhecimento é o principal motor da nossa sociedade. Contribui para o desenvolvimento das pessoas e para a resolução de problemas. MiríadaX é um projeto de qualidade que pretende oferecer uma educação de qualidade para milhões de estudantes de todas as partes do mundo. Não se trata de educação de segunda categoria. É uma opção para que as pessoas aprendam e não apenas tenham diplomas”, disse.

“Para ter um mundo mais justo precisa ter mais educação. Precisamos trabalhar mais por educação. MiríadaX promove uma educação global, social e acessível. É uma oportunidade de democratizar a educação”, finalizou o reitor da Universidad de Zaragoza, da Espanha, Manuel J. Lopez Pérez.

(Foto: Della Rocca Imagens)

Serviço MiríadaX
A MiríadaX nasceu de uma iniciativa da Telefônica e da Universia, que é promovida pela Divisão Global Santander Universidades. O projeto fomenta a difusão de conhecimento aberto em um Espaço Iberoamericano de Educação Superior, seguindo o caminho de outras iniciativas anteriores como o Open Course Ware, que começou na Universia em 2005. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Universia e Ifac)

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