“Nossa função é planejar as ações durante crises que possam isolar o Acre, além de abrir as fronteiras e estabelecer de fato uma relação entre os países vizinhos é fundamental”, explica o coordenador substituto do grupo de órgãos federais que se reuniram nesta sexta-feira, 29, na sede da Funasa, em Rio Branco.
O colegiado formado ano passado trabalhou junto com o governo estadual para que não faltassem itens de primeira necessidade durante a cheia do Rio Madeira, enquanto a BR-364 esteve interditada.
Conforme a superintendente da Funasa no Acre, Renata Silva e Souza, a reunião contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, Banco do Brasil, Dnit, Receita Federal, Suframa e outros.
“Nessa reunião especificamente, estamos tratando da comercialização dos produtos entre o Acre e o Peru. Alguns órgãos se fizeram presente para apresentar os problemas e as burocracias que cada um enfrenta para que o processo seja simplificado. É uma forma de ajudar o Acre não sofrer com as consequências de outro possível isolamento, seja por uma cheia ou pela seca”, explica.
Pela primeira vez, o cônsul do Peru, Félix German Vásquez Solís participou do planejamento das ações durante as crises. A presença dele é um importante fator que mostra como o país vizinho tem interesse em estabelecer definitivamente essa rota comercial.
“Acre conhece nossos produtos, prova disso, é que mesmo após a liberação da BR-364, os produtos peruanos continuam nas prateleiras dos supermercados. O Peru tem bastante interesse que de fato essa rota comercial se consolide e por isso, estamos aqui para auxiliar no que for preciso”, explica o cônsul.