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Irmão de Eduardo Campos defende nome de Marina Silva para encabeçar a chapa presidencial

Antônio Campos apoia Marina Silva
Antônio Campos apoia Marina Silva

A morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), deixa em suspenso a campanha eleitoral da coligação ‘Unidos pelo Brasil’. Também introduz um enorme grau de incerteza na corrida presidencial e faz surgir o questionamento: quem irá substituir Campos?

A ex-senadora Marina Silva, sua parceira de coligação e candidata à vice-presidência, é o nome mais apontado para substituí-lo.

Embora não seja o momento de pensar na substituição, alguns dirigentes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) consideram que Marina Silva seja o nome mais viável para a candidatura e prosseguir o combate inicia-do pelo popular político pernambucano.

O irmão do presidenciável, Antônio Campos, divulgou carta nesta quinta-feira, 14, na qual defendeu que Marina Silva (Rede Sustentabilidade) substitua Campos na disputa.

“Externo a minha posição pessoal de que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB. Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”, disse Antônio Campos.

Na carta, intitulada ‘Não vamos desistir do Brasil’, frase usada por Eduardo Campos, o irmão afirma que o país vive ‘crise de valores’ e que é preciso fazer uma reflexão sobre a atual situação nacional. Antonio Campos termina o texto defendendo que ‘não se cultivem as cinzas’ de Eduardo Campos e Miguel Arraes, ‘mas a chama imortal dos ideais que os motivavam’.

Pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Eduardo Campos tem dez dias para definir o nome do novo candidato à Presidência. O substituto pode pertencer a qualquer um dos seis partidos que compõem a coligação ‘Unidos pelo Brasil’ (PSB, PPS, PHS, PRP, PPL e PSL).

A opção por Marina, apesar de ser a mais sensata, não é unânime dentro da coligação.

Acidente – Considerado um dos políticos mais promissores da sua geração, Eduardo Campos, 49 anos, foi uma das sete vítimas da queda de um jato privado sobre uma área residencial de Santos, em São Paulo, ao final da manhã de quarta-feira.

O candidato viajava do Rio de Janeiro, onde participaria de entrevista no Jornal Nacional da Rede Globo, para a cidade de Santos, no litoral paulistano. Lá, ele daria continuidade em sua agenda de campanha.

A bordo do Cessna 560 XL seguiam dois assessores da campanha, Pedro Valadares e Carlos Percol, um fotógrafo, um operador de câmara e dois pilotos. Nenhum dos passageiros sobreviveu ao acidente, que fez pelo menos sete feridos nos edifícios atingidos pelos destroços do avião.

Eduardo Campos, economista, deputado estadual e federal, ex-ministro da Ciência e Tecnologia no Governo de Luís Inácio Lula da Silva e presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito governador de Pernambuco em 2006 – um cargo que também foi exercido pelo seu avô, Miguel Arraes, figura histórica da resistência à ditadura militar (1964-1985) e que também morreu no dia 13 de agosto (de 2005).

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