O candidato ao Senado da República, advogado Roberto Duarte Júnior (PMN), em entrevista ao jornal A GAZETA, falou sobre o desafio de enfrentar uma campanha eleitoral como candidato ao Senado e o atual quadro político do Estado.
Enfrentando pela primeira vez um pleito eleitoral, o jovem advogado afirma que a oposição dá um exemplo ao apresentar nomes novos para disputar as vagas nas eleições de 2014.
Segundo ele, “a população, antes mesmo do início da campanha, já anunciava seu descontentamento com a imposição, a qualquer custo, de candidaturas tradicionais, que não emplacam projetos de interesse coletivo, e se sustentam de promessas mirabolantes, impraticáveis”.
Roberto Duarte falou ainda sobre o plano de governo da coligação Produzir para Empregar e o diferencial desta para as demais coligações.
A GAZETA – O que o levou a se lançar candidato ao Senado Federal?
Roberto Duarte – A oposição dá um exemplo ao apresentar nomes novos. A população, antes mesmo do início da campanha, já anunciava seu descontentamento com a imposição, a qualquer custo, de candidaturas tradicionais, que não emplacam projetos de interesse coletivo. Me apresento como a essência do novo. É esse sentimento que nos motiva a cada caminhada, a cada visita aos bairros, aos comerciantes, em Rio Branco e no interior. Estou, verdadeiramente, otimista quanto à renovação do cenário político no Acre. Aliás, renovação e mudança são as palavras que mais ouvimos nas ruas.
A GAZETA -Qual o diferencial de sua campanha?
Roberto Duarte – Estou iniciando na política porque acredito que o Acre pode se tornar um lugar melhor. Nosso povo, com uma história tão bonita e heroica, que lutou para ser brasileiro, não pode perder a capacidade de se indignar e se calar diante de uma minoria que busca se perpetuar no poder.
A GAZETA – Se for eleito, qual será seu perfil político no Senado?
Roberto Duarte – Todo político deve ser justo, consigo e com os outros. Deve denunciar bandalheiras, não tolerar corrupção, negociatas espúrias, nem mesmo nas alianças a que ele pertence. Subserviência e submissão são inaceitáveis. É traição. Vejam nossa bancada federal. Não há quem, sendo aliado do governo, se levante para repudiar a corrupção, as decisões erradas, a impunidade. Eu gostaria, sim, de ser admirado, respeitado. O mandato de senador não me envaidecerá, não me deslumbrará. O legado dos meus pais, tios e avós estão entranhados em mim. Eu quero dar orgulho à minha geração. Sou jovem e ao mesmo tempo conhecedor das variantes políticas. Honrarei o legado dos meus antepassados, os costumes, a tradição dos acreanos e terra que escolhi para viver. Meu pagamento será o sorriso estampado no rosto de cada cidadão, na fila do cinema, no passeio pelo shopping, na banca de tacacá. Quero apenas o aperto de mão sincero depois de aprovarmos leis e iniciativas que, de forma direta, ajudem as pessoas a viverem mais dignamente. Este é o perfil de todo bom legislador.
A GAZETA – Por que o senhor decidiu apoiar a candidatura de Bocalom ao governo?
Roberto Duarte – Veja bem. Sou filho de quem sou. Sobrinho de quem sou. Minha criação e convicção me direcionaram a cultivar o bem comum. Nunca tive problema de, na condição de advogado, defender, de forma gratuita, aqueles que me pediram ajuda. Isso me engrandece como homem, conhecedor de leis e, agora, como postulante a legislador no Congresso Nacional. Respondo-lhe com o coração aberto: eu não me juntaria a qualquer um. Respeito meus adversários e até entendo que, em política, as desavenças sejam naturais, embora algumas pessoas tratem esse tipo de postura como inimizade ou algo do tipo. A rivalidade deve ser saudável, dentro da medida. Quanto ao Bocalom, é um homem de coração extraordinário, é generoso, é pai e marido exemplar, um amigo de todas as horas, de passado totalmente limpo e um caráter inatacável. Tem suas imperfeições? Claro que tem, afinal ninguém é perfeito. Mas suas propostas, que ajudei a construir, certamente, revelam o desejo maior de cuidar bem do Acre e dos acreanos, de Assis Brasil a Mâncio Lima, e pôr um fim à corrupção, à perseguição e à mentira. Bocalom nos induz a pensar grande. Somos grandes amigos e entendemos que mandato político não é profissão.
A GAZETA -A parceria com Tião Bocalom tem surtido efeito em sua candidatura?
Roberto Duarte – Claro. Sinto isso todos os dias. Bocalom e Henrique Afonso são grandes parceiros. Nossas propostas estão afinadas, graças a Deus. Ao empresário, dizemos que eles precisam, sim, de incentivos para desenvolverem seus negócios e gerar riqueza e renda no Estado. Ao cidadão mais pobre, temos levado o compromisso de humanizar a saúde, valorizar o servidor público, botar mais polícia nas ruas, tornar todas as comunidades mais seguras, livres de qualquer ameaça, seja na cidade, seja no campo. É isso que as famílias querem ouvir. Sou testemunha, pois estou com o Bocalom em todos os cantos do Acre, da alegria que eles sentem ao conhecer nosso plano de governo. Essa satisfação não tem preço.
A GAZETA – Como tem sido o contato com os eleitores?
Roberto Duarte – Não vejo rejeição ao nosso projeto. Não há quem não pare para nos ouvir. E olha que Roberto Duarte é um estreante na política. Acho que Bocalom é um nome muito forte. Isso está me ajudando muito. Repito: o povo transmite o desejo de mudança, daí esse carisma, que é natural, em torno de nossa candidatura. O acreano é, por natureza, um povo tímido em determinadas horas. E extremamente sincero. Quem vota no PT, diz abertamente, e nós respeitamos. São poucos os que abordamos e declaram apoio aos nossos adversários, mas eu sinto que eles lamentam, por algum motivo, não poder nos apoiar. Normal! O nosso abraço abrange a todos, sem distinção ou discriminação.
A GAZETA – Muito se fala que a oposição não tem um projeto para governar o Estado. Você acha que a oposição está preparada para assumir o poder?
Roberto Duarte – Eu falo pela Coligação Produzir para Empregar. Não vejo plano de governo mais completo que o nosso. Imagine você sair de sua casa à meia-noite e encontrar a polícia ali perto, te protegendo. Mentalize o fim das filas nos hospitais e nos centros de saúde. Como seria bom termos toda a rede pública de saúde, segurança e educação automatizada, o transporte de graça para todos os alunos do estado, o chamado passe livre que nós vamos implantar a partir de 2015. Mais habitações; menos miseráveis; um sistema prisional com vocação agrícola, onde o detento seja obrigado a produzir para conquistar renda e, a partir daí, reforçar o abastecimento de alimentos nos mercados das cidades.
A GAZETA – Qual o diferencial da coligação “Produzir para Empregar”, das demais coligações?
Roberto Duarte: Idoneidade, honestidade, compromisso com cada cidadão acreano e, acima de tudo, propostas. Mudança. É a mudança que o povo quer.
A GAZETA – Que mensagem o senhor deixa aos leitores?
Roberto Duarte – Sou grato, de coração, pelo apreço e a honra de cada cumprimento, cada abraço, cada palavra incentivadora, e pelas manifestações de apoio que nos chegam a todo momento nas redes sociais, por e-mail, por cartas, vindos de todos os municípios. Estou me dedicando de corpo e alma nesse projeto, defendendo os interesses de nosso povo, de nosso Estado. Dentre tantos outros valores e ações, quero ver atualizado esse ultrapassado Código Penal, pois a violência atormenta a todos, sem distinção. Agradeço também a minha família e tantos amigos que estão me apoiando nesse novo desafio.
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