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Deputado propõe que dívida de precatórios seja convertida em carta de crédito habitacional

Deputado propõe que dívida de precatórios seja convertida em carta de crédito habitacional

Moisés Diniz havia expulsado sindicalistas da Aleac

O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Moisés Diniz (PCdoB), apresentou a Mesa Diretora, na sessão desta terça-feira, 02, projeto de lei que torna o pagamento de precatórios por parte do governo do Acre aos servidores, em crédito habitacional.

De acordo com o PL, o Poder Executivo venderia as dívidas para os bancos e estes as transformariam em carteira de crédito habitacional e as venderiam ao governo. “Os bancos comprariam essas dívidas do Executivo e as converteriam em carta de crédito de habitação. Ou seja, o governo venderia o saldo da dívida para o banco, que transformaria em uma carta de crédito e as venderia para o próprio governo. Por meio dessa ação o funcionalismo poderá ter a facilidade de financiar a compra da casa própria ou a reforma do imóvel”, frisou.

O deputado ressaltou ainda que o Estado teria o prazo de dez a vinte anos para pagar o valor. “O governo pagaria essa dívida em longas e suaves parcelas, como já acontece no modelo de crédito imobiliário, dessa forma ficaria bom tanto para os servidores quanto para o governo. Isso não sufocaria os governos a serem obrigados a pagar um montante que implicaria no Orçamento do Estado”.

Moisés afirmou que “o precatório no Brasil virou sinônimo de recursos para os netos”. O parlamentar refere-se a o fato de nem sempre o servidor autor da ação receber a dívida, mas, sim, os descendentes, devido à demora no processo.

“As pessoas me encontram e perguntam se quem vai receber o valor do precatório será o filho ou o neto. As pessoas precisam de esperança real, que aconteça agora”, explicou.

O deputado diz que é muito mais justo um funcionário poder utilizar, por exemplo, trezentos mil reais do precatório na compra de um imóvel, e alugar ou vender depois, do que receber 15% disso, em longas parcelas ou não receber nada e deixar para os herdeiros.

Diniz lembrou que somente no setor da saúde do Acre, a dívida de precatórios gira em torno de R$ 400 milhões, processo que tramita, em fase final, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que vem concedendo ganho de causa aos servidores da saúde, cabendo ao Governo do Estado pagar o débito.

O parlamentar propôs aos deputados da Casa do Povo debater sobre o assunto. “Convido os senhores deputados a debater sobre este projeto de lei, pois, ele é de extrema relevância para a sociedade acreana”. Ele frisou ainda que o projeto está aberto a receber emendas e que a pretensão é leva-lo a ser votado no plenário da Casa até ao final desta legislatura. “Ele pode sofrer adequações e emendas, mas a ideia é essa. O governo não ficaria no sufoco tendo retirar de um orçamento que não existe”.

 

 

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