O deputado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), José Luiz Tchê, em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Acre, pediu atenção às autoridades públicas em relação aos possíveis esquemas financeiros na campanha eleitoral deste ano.
“Faltam poucos dias para o pleito eleitoral, portanto, peço a atenção das autoridades quanto aos esquemas financeiros de compra de votos que provavelmente podem ocorrer por parte de alguns candidatos que não possuem compromisso com a lisura deste processo eleitoral”, disse.
O parlamentar pontuou que em toda campanha eleitoral, “os maus políticos prometem mundos e fundos e gastam milhões para assegurar um mandato”. Ele pediu cautela aos eleitores e bom senso para que os maus políticos não alcancem seus objetivos. Segundo Tchê, “essas pessoas que garantem um mandato através de compra de votos não possuem compromisso com a sociedade”.
O deputado pontuou ainda a necessidade de uma reforma política no país. “Existem certas incoerências que precisam ser sanadas para podermos avançar politicamente. O senador e candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB-AM), por exemplo, tem como primeiro suplente sua esposa. Esse tipo de vício precisa urgentemente ser sanado”, frisou.
Tchê defende ainda a extinção dos cargos de vice-presidente da República e vice-governador. “Minha convicção é que as figuras dos vices sejam extintas, principalmente, quando se trata de acordos políticos. Precisamos de mudanças, pois o vice não desempenha um papel tão importante que justifique todos os gastos que ele e sua equipe representam”, ressaltou.
De acordo com o deputado, havendo a necessidade de afastamento do governador ou prefeito, com a extinção da figura de vice, assumiria o parlamentar com mais votos nas respectivas casas legislativas.
Em relação à escolha dos suplentes de senadores, Tchê defende que os nomes escolhidos não sejam por mera indicação, e sim por representatividade eleitoral. “Sou também a favor que os nomes escolhidos para ocupar o cargo de suplentes dos senadores saiam dos deputados federais mais votados”.
O deputado ressalta que nenhum parlamentar assume o cargo sem antes passar por um processo eleitoral, portanto, não seria correto que os suplentes assumam cargos sem participar do mesmo processo.
“Atualmente a lei permite que um suplente se torne senador sem que tenha nenhum voto e muitas vezes nem tenha sido testado nas urnas. O ideal é que no caso de afastamento do senador quem assuma seja o deputado federal mais votado na Câmara”.
Tchê finaliza afirmando que também defende a extinção da reeleição para cargos do executivo e apenas uma reeleição aos cargos do legislativo. “Precisamos dar oportunidade para novas pessoas ocuparem essas cadeiras, portanto, defendo que não haja reeleição para governador, prefeito e presidente. No caso dos deputados, que haja apenas uma reeleição para mais quatro anos”.