O presidente da Fundação Abrinq, Carlos Tikian, fez uma saudação ao professor Bocalom, candidato ao Governo do Acre pela Coligação Produzir para Empregar, ao fornecer detalhes dos principais indicadores relacionados às áreas de saneamento, infância e adolescência no Estado. E os números não são nada bons:
O Acre possui 52,73% de sua população sem acesso adequado à rede de água, sendo o segundo pior índice do Brasil nesse quesito. Quanto ao acesso à rede de esgoto, 63,45% da população não é contemplada com serviço de qualidade. Rio Branco é a 5ª pior capital nesse item, onde 44,45% da população vive em condições inadequadas, diz a pesquisa. Bocalom admitiu ter ficado preocupado com as revelações e anunciou que, se eleito, irá colocar água de qualidade 24 horas ao dia nos 22 municípios. “É o mínimo que o poder público pode fazer, considerando a alta incidência de doenças causadas pela água contaminada”, disse.
Um correio eletrônico enviado a Bocalom pelo presidente da Abrinq revela ainda que o Acre possui o 2º pior índice de cobertura de pré-natal. Ou seja, 68,74% das gestantes do Estado realizaram menos de sete consultas durante a gravidez – número mínimo garantido por lei a toda mulher. Preocupa também os números de gravidez na adolescência, sendo, no Acre, a 3ª maior taxa de incidência do país.
No Estado, 26,72% das crianças nascidas têm mães com idade entre dez e dezenove anos. “É um assunto complexo, mas acredito que a escola possa ser o berço de uma orientação a pais e filhos. Educação sexual não é algo anormal nos dias de hoje”, disse Bocalom. A Abrinq diz que a 3ª pior taxa de ocorrência de trabalho infantil também ocorre no Acre, onde 12,32% da população de 5 a 17 anos do Estado são exploradas.
“Acreditamos que é possível mudar o cenário da infância e da adolescência no Acre e para isso contamos com o seu empenho e dedicação, se eleito. Desejamos-lhe sucesso e esperamos que crianças e adolescentes sejam tratados como prioridade em sua campanha e proposta de governo”, disse Tikian ao candidato Bocalom.