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Após sete meses da cheia do Madeira, preços nos supermercados ainda assustam acreanos

Preços de produtos continuam altos, desde março
Preços de produtos continuam altos, desde março

Sete meses após a cheia do Rio Madeira que isolou o Acre por via terrestre, provocando a escassez de alguns itens nas prateleiras dos supermercados locais, o valor de alguns produtos continua ‘salgado’, reclamam os consumidores.

As frutas, verduras, leite e ovos, são alguns itens que, segundo a funcionária pública Mara Vieira, escolhe para exemplificar que o valor não voltou ao que era antes da cheia. “É verdade que os valores reduziram, se comparado com o período da cheia, mas não voltaram ao que eram antes do problema. Principalmente as frutas, as que vem de fora, principalmente”, confirma.

De acordo com o presidente da Associação Comercial do Acre, Jurilande Aragão, existem produtos sazonais e que quando estão fora de época, o valor é diferenciado nas prateleiras dos supermercados.

“Por isso, é fundamental que o cliente pesquise o melhor valor dos produtos, não há preço que resista à baixa procura. Além disso, a Acisa tem procurado formas de viabilizar novas parceiras com o Peru, buscando produtos com preços diferenciados, mesmo com a BR-364 aberta. E a receptividade dos peruanos nos deixou bastante animados”, esclarece o presidente.

Sobre a situação da estrada, Jurilande fala que o nível da água, apesar de ter baixado, não voltou ao que era antes. “Isso é fato. O nível da água está mais próximo da BR-364, então os empresários vivem esse momento de incerteza. Por isso, nós acreditamos que a estrada tenha que ser elevada”, afirma.

Elevação no valor do frete
“Mesmo com a elevação do valor do frete em 50% para o Acre, os supermercados não tem repassado esse reajuste aos produtos”, afirma Jurilande Aragão. O próprio Sindicato das Empresas de Logística e Transportes do Acre (Setacre) afirma que há uma resistência dos caminhoneiros em fazer frente para essa região.

“Com isso, aos que decidem enfrentar o trecho, o valor do frete acaba sendo diferenciado. É a lei de mercado”, confirma. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

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