Cobras sucuris estão sendo mortas às margens da BR-364, no sentido Rio Branco/Porto Velho, com muito mais frequência do que no passado, segundo revelam os registros em foto de viajantes e frequentadores de balneários da região. A mais recente foi atropelada próximo ao km 25, onde há um banho chamado de Quinoá.
Este ano, pelo menos quatro animais foram mortos na rodovia, de forma proposital ou acidental, nos últimos dois meses.
Segundo o Centro de Triagem de Animais Silvestres, o Cetas, órgão vinculado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e que funciona no Parque Chico Mendes, o clima seco e com predominância de queimadas, nesta época do ano, pode causar uma ‘fuga de sucuris’ do seu habitat natural, para ambientes mais úmidos.
Este seria o caso do balneário, onde há água em abundância, embora o fluxo de veículos, sobretudo pesado, como os caminhões e carretas podem facilmente atropelar esses animais.
Conforme Elaine Oliveira, analista ambiental do Ibama, ao menos duas sucuris foram soltas na segunda quinzena de agosto, depois de passarem por um tratamento com medicação no Cetas. Os bichos em questão foram uma fêmea de seis metros e um macho, de cinco, soltos em região desabitada e que, por isso, não oferecia risco a pessoas.
A sucuri não é peçonhenta, ou seja, não tem glândulas que possam expelir veneno, embora ofereça risco de afogamento a pessoas desavisadas em lagos e rios onde elas frequentam. Embora não esteja na lista dos animais ameaçados de extinção, é proibido caçá-la por causa do risco de ser incluída como quase extinta no futuro.