Como integrante oficial da delegação brasileira e representante do Acre, o senador Jorge Viana foi convidado para participar da abertura da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no início desta semana. Também integraram a comitiva brasileira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-chanceler Antonio Patriota, que representa o Brasil nas Nações Unidas.
No domingo, dia 21 de setembro, ao chegar para a conferência, o senador participou de uma da marcha pelo clima, que reuniu mais de 300 mil pessoas nas ruas de Nova York. Na segunda e terça-feira, Jorge Via-na participou do encontro que reuniu os principais chefes de estado do mundo, lideranças de organizações sociais e entidades civis para discutir esse tema da maior urgência para o planeta.
“O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU) divulgado neste ano mostra claramente que a temperatura dos oceanos está aumentando. E isso certamente elevará em pelo menos dois graus a temperatura do planeta, o que implica num desastre natural sem precedentes, especialmente para os países mais pobres do mundo. O desafio da humanidade hoje é evitar essa tragédia até 2050”, defendeu o senador.
Sempre buscando no modelo de desenvolvimento sustentável uma alternativa para as políticas públicas, Jorge Viana é daqueles que compartilha a ideia de que as consequências das mudanças do clima já estão por toda parte.
“As maiores temperaturas registradas nos últimos 180 anos no Brasil estão acontecendo neste ano. A maior seca da região do entorno de São Paulo, que afeta o abastecimento da população, já é um fato. No Rio Madeira, o maior volume de chuvas nos últimos 300 anos aconteceu no começo de 2014, trazendo graves consequências para milhares de moradores, especialmente em Rondônia e no Acre”, citou como exemplos.
Para ele, o mundo precisa discutir formas concretas de mudar o padrão de produção e consumo. “A palavra sustentabilidade precisa deixar de ser usada como adjetivo e passar a ser usada como substantivo, algo que todos devemos buscar. Sob pena de comprometermos as gerações futuras”, defendeu.
A Declaração de Rio Branco, assinada no mês passado, no Acre, durante a 8ª Reunião Anual da Força Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF), foi bastante citada e elogiada no encontro, afirmou Jorge Viana. O compromisso assumido pela entidade que reúne estados como o Acre, a Califórnia, e outros 26 estados subnacionais da Ásia, da África e das Américas, foi de reduzir o desmatamento e encontrar alternativas para a geração de riqueza a partir da floresta.
“Há um consenso de que o papel das florestas é cada vez maior num cenário de mudanças climáticas. A geração que sente pela primeira vez as consequências da mudança no clima é a nossa. E é exatamente essa a última que pode fazer algo não só pensando nos dias atuais, mas também na garantia das gerações futuras”, declarou Jorge Viana. (Assessoria)