Muitos acreanos nem imaginam, mas eles são um dos povos que mais participam da repartição das riquezas do Estado. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou este dado econômico curioso sobre os acreanos na última sexta-feira, dia 18. O Acre é o lugar com a terceira melhor distribuição de renda do país entre pessoas com 15 anos ou mais de idade.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o ‘índice de Gini’ mede o rendimento médio mensal da PEA (População Economicamente Ativa). Quanto mais próximo de zero, significa que há menos concentração e mais divisão das riquezas de uma determinada localidade. No caso do Acre, tal percentual é de 0,452 pontos, um ótimo desempenho para um Estado de PIB modesto.
Para se ter ideia, em comparação com a média nacional, o Pnad aponta uma ligeira vantagem do Acre em relação à divisão de rendas. O índice Gini em todo o Brasil é de 0,498. Ou seja, a diferença do país com o Acre é de 0,046 pontos. Isso significa que os acrenos têm 9,82% a mais de suas riquezas distribuídas para si em relação ao restante dos brasileiros.
O maior reflexo disso é na Economia local. Mais renda distribuída faz com que a população tenha mais dinheiro para gastar. Isso pode ser visto no número de pessoas em restaurantes (outros levantamentos apontam que o Acre é um dos locais onde as pessoas mais fazem refeições fora de casa); no comércio varejista (onde outra pesquisa do IBGE sempre coloca o Acre entre os 10 estados com maiores crescimentos mensais), entre outros elementos.
À frente do Acre no topo dos estados com maior distribuição de riquezas, estão: Santa Catarina (que o que mais concentra renda por pessoa, com um índice Gini de 0,436); e Rondônia (0,442). Por outro lado, o estado com o pior ‘Índice de Gini’ foi o Piauí, com 0,566 pontos. (Com informações do G1/ES e do Jornal A GAZETA do Espírito Santo/ Foto: Odair Leal/ A GAZETA)