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Várias mortes nas estradas acreanas são registradas na Semana Nacional de Trânsito

Vítimas reclamam da iluminação nas estradas do Acre

João Marques de Sousa, 73 anos, atropelado no km 12 da estrada Transacreana e Pedro Oliveira da Silva, 60 anos, também atropelado, mas desta vez, no km 20 da Estrada de Senador Guiomard. Em comum, além de não terem sobrevivido aos respectivos acidentes, os idosos caminhavam em estradas em que as testemunhas alegam terem pouca ou nenhuma iluminação e, no caso de João Marques, a estrada não possui acostamento.

As mortes ocorreram justamente na Semana Nacional de Trânsito, que este ano tem como protagonista o pedestre. Com o tema “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas – proteção e prioridade ao pedestre”, a campanha visa sensibilizar a sociedade para o respeito ao pedestre, levando em consideração sua vulnerabilidade a acidentes no trânsito e ainda que as pessoas, em algum momento do dia, locomovem-se a pé pelas ruas e avenidas.

De acordo com o diretor de obras do Deracre, Joselito Nóbrega, nas estradas estaduais, como é o caso da AC 10, que dá acesso ao município de Porto Acre, ou Transacreana, os serviços de manutenção são de responsabilidade do órgão.

“Periodicamente realizamos os serviços de tapa buraco e de reforço na sinalização nas estradas para garantir a normalidade e segurança do tráfego. Por se tratar de estradas estaduais, o perfil delas é diferente de uma rodovia federal, como a BR-364 que possui pistas mais largas, por exemplo”.

Sobre a iluminação das estradas, Joselito afirma que não há como colocar iluminação ao longo de toda a estrada. Apenas a parte urbana das estradas é iluminada. “Não temos condição de iluminar toda a extensão das estradas. O que podemos fazer é iluminar a estrada na área urbana. Mas, a manutenção fica a cargo da prefeitura, que tem um setor específico para tratar desse assunto”, confirma.

Nesses casos, se houver algum problema, a população pode entrar em contato através do telefone 2106-8013. Após relatar o problema, o setor tem até sete dias, para resolver a situação.

Sobre os acidentes, Joselito Nóbrega explica que numa estrada com boas condições de tráfego, os motoristas costumam abusar da velocidade. “Numa estrada estadual é estipulada uma velocidade média de 90 km/h. Mas, os condutores acabam não respeitando e trafegando acima do nível permitido”, destaca.

PRF orienta fazer manutenção preventiva no carro antes de pegar a estrada
A Polícia Rodoviária Federal orienta que antes de viajar o motorista faça uma revisão completa em seu veículo: verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, estepes, sistema de injeção, condições da bateria, níveis dos fluídos, faróis e lanternas.

Também é importante que o condutor esteja física e psicologicamente bem para conduzir o veículo durante longas horas. A postura responsável do condutor é a certeza de um trânsito mais humano e seguro.

Há situações que podem ser evitadas, como por exemplo, dirigir com sono ou fadiga é uma condição perigosa. Além disso, se estiver tomando medicação, é preciso verificar antes se o remédio não apresenta reações que impedem a direção. É necessário manter o foco na estrada e não dispersar a atenção com o uso de telefone celular e ou outros fatores.

Fatores determinantes para ocorrência de acidentes
Em 2013, dos acidentes registrados pela PRF em todo o país, 75% decorrem de falha humana. São acidentes que direta ou indiretamente teve como fator preponderante uma ação do condutor gerada por imprudência, imperícia ou negligência.

As principais causas são: velocidade excessiva, distância de segurança em relação ao veículo da frente, ultrapassagens indevidas.

Recomendações
O uso do cinto de segurança é imprescindível para a segurança dos ocupantes do veículo. A utilização do equipamento reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito. Deve ser usado por todos os ocupantes, inclusive pelos passageiros do banco traseiro.

É importante atentar para a utilização correta dos equipamentos de segurança. As crianças menores de dez anos devem ser transportadas no banco traseiro dos veículos utilizando equipamentos de retenção. (Foto: Divulgação)

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