Peritos Federais do Incra realizam uma paralisação de 24 horas e se reuniriam em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para reposição de perdas salariais de 20% que foi acordado com o governo federal e depois de três meses de pagamento foi suspenso. O movimento ocorre em todo país.
Além disso, a categoria exige maiores providências por parte dos governos Federal e Estadual para que o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) seja reestruturado. De acordo com representante do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SINDPFA), Jefferson Cunha, os acordos feitos com o governo, com relação a algumas reformulações, não foram cumpridos.
“Esse é um movimento nacional para cobrar do governo com relação a um acordo que até agora não foi cumprido”. A categoria também defende a realização, em prazo hábil, da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e que a Medida Provisória de nº 650, que dispõe sobre a reestruturação da Carreira Policial Federal, seja aprovada sem vetos.
A reestruturação da Carreira Policial Federal é contemplada pela Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996; já a remuneração da Carreira de Perito Federal Agrário se baseia na Lei nº 10.550, de 13 de novembro de 2002.
“A base aliada propôs algumas emendas, e a presidente vetou. A partir do momento que ela vetou, automaticamente nosso movimento caiu, estamos hoje com o PCCR de 2010, para se ter uma ideia”, completa Jefferson.
Hoje, o sindicalista afirma que a situação está caótica. “Comparado a outros órgãos, nossa situação está caótica: se era ruim, está pior”. Outro problema enfrentado pelos peritos é a falta de equipamentos adequados para realizar as fiscalizações e monitoramentos nos assentamentos.
O sindicato solicitou uma licitação para a compra do material, mas até agora não foi realizada a licitação. O sindicato entregou uma liminar para suspender as atividades até a compra do material.
“Temos colega aqui com braço quebrado, mordido de cobra, aleijado, que contrai doenças porque pisamos em lama, doença na pele. Não é só porque ela tirou nosso salário, estamos com problemas para trabalhar, não temos carro para ir aos assentamentos, não temos equipamentos. Ainda não entregaram nosso equipamento e agora está parado mesmo”, conclui o representante.