José Alberto dos Santos tem 48 anos. Há 26 trabalha como auxiliar de serviços administrativos do jornal A Gazeta. Com o trabalho dedicado ao jornal, criou três filhos e ajuda na educação e formação de dois netos.
No dia 4 de setembro, percebeu uma movimentação estranha no quintal da casa onde mora no Novo Esperança. Quando abriu a porta, percebeu que a área da casa estava repleta de policiais. Eram seis horas da manhã.
“Eles entraram na minha casa e reviraram tudo como se eu fosse um bandido”, indigna-se José Alberto, tentando esconder as lágrimas que lhe caíam dos olhos.
Os policiais procuravam evidências do furto de uma pistola e R$ 5 mil que foram levados da sede do Sindicato dos Policiais Civis do Acre no dia 26 de junho. “Não emprestei minha moto pra ninguém. Todo mundo sabe onde eu moro e onde eu trabalho”, revolta-se.
O auxiliar administrativo teve a moto CG apreendida pelos policiais. O veículo está no pátio do Detran e ele, agora, tem dificuldade para trabalhar, além de ter sido constrangido diante da comunidade onde mora.
Existe a possibilidade de que os ladrões tenham adulterado a placa e o número “novo” do veículo dos criminosos, coincidentemente, passou a ser o da moto de José Alberto. É uma linha de raciocínio. “Eu já falei para o delegado que estou disposto a colaborar no que for preciso”, informa.