Em visita a microempresários no Bairro Estação Experimental, nesta quarta-feira, o candidato ao Governo do Acre, Bocalom, garantiu que, sendo eleito, dará total apoio à categoria. “Esses trabalhadores precisam de assistência técnica, contábil e jurídica que são os gargalhos dos pequenos negócios, além da possibilidade deles terem acesso a financiamentos”, propôs o candidato. Cerca de 80% desses empreendimentos, segundo informações do Sebrae, “morrem” antes de completar um ano.
Trabalhando em um pequeno comércio na Rua Nações Unidas, Francisco Pereira Rocha cita exemplos das dificuldades enfrentadas por ele. “Mesmo com a assistência técnica do Sebrae, não temos condições de pagar um contador e um advogado. Os bancos, para fazerem empréstimos, exigem uma enorme papelada burocrática”, desabafou o trabalhador, dizendo que precisa apenas de oportunidades.
Para Bocalom, o poder público precisa oferecer qualificação profissional, e, ao mesmo tempo, buscar microcréditos. “Dentro daquele espírito dos pequenos negócios, existe um contraste entre a intenção e a ação. O governo prometeu fazer um combate frenético à miséria e à fome. Aliás, o slogan deles é ‘País rico é país sem miséria”. No entanto, o que predomina no Acre é a estagnação econômica e o caos social”, avaliou Bocalom, assegurando que, em seu governo, existirão oportunidades para todos.
“Os bancos não estão liberando os recursos, o que, na prática, exclui o futuro desse pequeno empreendedor. Essas pessoas precisam de capital de giro, de dinheiro para manter seus negócios em funcionamento. De cada cem pessoas que procuram o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia ou a Caixa Econômica Federal, em busca de microcrédito, apenas uma ou duas têm sucesso”, informou o candidato ao Senado, Roberto Duarte.
Ele se comprometeu, caso se eleja, em denunciar a situação no Congresso Nacional. A realidade do microcrédito no Acre, prosseguiu Duarte, ainda não chegou à prática desejada. “Os bancos exigem garantias e estabelecem burocracias, o que está em desacordo com a proposta do governo de democratizar o crédito. O Acre tem, hoje, 133 mil pessoas em condição de extrema pobreza. Se essa situação perdurar, é muito provável que esse número cresça ainda mais”, avaliou o candidato.