O penúltimo debate entre os candidatos à Presidência da República, ocorrido na noite deste domingo, pela TV Record, foi marcado por temas polêmicos como corrupção na Petrobras, programas sociais, economia, segurança, legalização das drogas e união homoafetiva. As candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) protagonizaram os maiores embates do evento.
A candidata à reeleição Dilma Rousseff, além de reforçar suas principais propostas, questionou Marina Silva quanto à suposta “inconsistência” partidária. Dilma ressaltou que a candidata do PSB “mudou de partido quatro vezes em três anos”. Marina respondeu que mudou de partido “para não mudar de ideais e de princípios”.
A presidente foi bastante confrontada quanto às denúncias de corrupção no seu governo, especialmente envolvendo a Petrobras. O candidato Aécio Neves, do PSDB, afirmou que não vê a presidente Dilma indignada com os escândalos que envolvem a Petrobras e políticos do PT, PMDB e PP, que ele classificou como “vergonhosos”. Pastor Everaldo, do PSC, e Levy Fidelix, do PRTB, também criticaram as denúncias durante suas falas.
Como nos últimos debates, a candidata do PSB se colocou todo tempo como “alternativa à polarização” entre petistas e tucanos. A ex-senadora voltou a questionar Dilma Rousseff sobre combustíveis alternativos ao petróleo. Marina afirmou que “a política do etanol do governo Dilma é um fracasso. Setenta usinas foram fechadas e 40 estão em recuperação”. Em respostas, a candidata petista disse que “a política de etanol do governo foi baseada naquilo que você Marina é contra, o subsídio”. Marina Silva renovou as promessas de manter os programas sociais.
O tucano Aécio Neves, mais uma vez, se pautou pelas denúncias ligadas à Petrobras para atacar a atual presidente e afirmou que não pretende privatizar a petroleira. “Não vou privatizá-la, vou reestatizá-la”, disse.
Seu discurso de “eficiência” e enfrentamento ao PT também se manteve. “Só voltaremos a crescer quando o Brasil voltar a ser respeitado. Vamos elevar a taxa de investimento da nossa economia. Vamos permitir que os investimentos privados voltem a ajudar a gerar emprego no país”, disse.
Enquanto os candidatos com mais intenção de voto trocavam farpas, presidenciáveis com índices menos expressivos também travaram embate particular.
A candidata Luciana Genro voltou a defender a legalização do aborto e Eduardo Jorge, a da maconha. O ponto mais polêmico do debate ficou por conta da declaração do candidato Levy Fidelix quanto à união homoafetiva.
O último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições acontece nesta quinta-feira, 2. (Foto: Divulgação)