Com o objetivo de prevenir, diagnosticar e tratar a doença infecciosa filariose, também conhecida como elefantíase, o setor de endemias do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e os setores de Vigilância Epidemiológica, está realizando exames no abrigo dos imigrantes.
A ação teve início na tarde desta quarta-feira, 24, e continua na sexta, 26, finalizando os atendimentos na segunda-feira, 29. Os exames são feitos por meio da coleta de sangue em lâminas e teste rápido para filariose. Havendo casos positivos da doença, a pessoa iniciará o tratamento imediatamente através do serviço de atendimento especializado (SAE). Haverá também testes para diagnosticar casos de malária. Os exames serão realizados juntamente com o de filariose.
Segundo a coordenadora do setor de endemias do Lacen, Lucineide Nunes, a equipe estámontando novos cronogramas para que esse trabalho de vigilância epidemiológica seja realizado constantemente, já que a rotatividade dos imigrantes no abrigo é intensa. “Como os imigrantes vêm de regiões endêmicas dessa doença, nós nos preocupamos em trabalhar com a prevenção e tratamento o quanto antes”, ressaltou.
A filariose se dá pela picada de um mosquito infectado, que transmite as larvas do parasita para o ser humano. É uma doença que bloqueia os vasos linfáticos, afetando a circulação do indivíduo e deixando o membro infectado extremamente inchado. Pessoas de todas as idades podem ser infectadas.
Atualmente, no Brasil só existe um foco ativo no estado de Pernambuco, que já esta perto da interrupção da transmissão da doença devido às ações de tratamento e vigilância que vêm sendo implementadas. O país já teve êxito interrompendo a transmissão de filariose linfática em outros estados, como Alagoas, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.