Em um debate acirrado, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) voltaram a se enfrentar nesta quinta-feira, 16. O tom foi semelhante ao do debate anterior, na última terça-feira, em que ambos se atacaram mutuamente.
Os candidatos começaram a atingir um ao outro logo na abertura do debate, quando responderam à pergunta “Por que quer ser presidente da República?”.
Em um dos momentos mais tensos do debate, os candidatos acusaram um ao outro de possuir parentes empregados no serviço público. Dilma voltou a questionou o fato de a irmã de Aécio, Andreia, ter atuado no governo de Minas Gerais na época em que ele foi governador. Aécio, por sua vez, citou Igor Rousseff, irmão da presidente, dizendo que ele havia sido nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), na gestão de 2002 e 2009, e nunca apareceu para trabalhar.
A corrupção na Petrobras voltou ser pautado neste debate. Na primeira pergunta que formulou, Aécio Neves mencionou uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e apontou irregularidades de R$ 18 bilhões na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Dilma também subiu o tom ao falar sobre a Lei Seca e questionou o tucano quanto à obrigatoriedade do teste do bafômetro, recusado por ele ao ser parado em uma blitz no Rio de Janeiro, em 2011.
Outra questão que acirrou os ânimos foi à inclusão, no debate, do nome do ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em março deste ano. Minutos antes do confronto promovido por SBT, portal UOL e Rádio Jovem Pan, uma denúncia envolvendo Guerra tomou conta do noticiário. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimentos da delação premiada que Guerra recebeu propina para esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava a estatal.
Nesse instante, Dilma disse que as denúncias de corrupção em gestões tucanas não são investigadas e Aécio voltou à artilharia afirmando que Dilma prevaricou, pois não fez nada em relação às fraudes na estatal mesmo diante de denúncias e provas.