O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), já iniciou os procedimentos administrativos para a reconstrução do galpão de carga e descarga da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). A estrutura sofreu sérios danos durante o vendaval que atingiu o Acre na noite de quarta-feira, 15.
De acordo com o diretor de Indústrias da Sedens, Anderson Mariano, é importante ressaltar que apenas o galpão foi afetado. “Diversos sinistros foram registrados em Senador Guiomard, mas somente esta parte da ZPE foi danificada. A reconstrução se dará nos próximos dias”, salientou.
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Obras Públicas (Seop) estiveram no local na manhã seguinte ao vendaval para colher dados e realizar a vistoria. Todas as providências e reparos serão feitos, por se tratar de uma unidade de extrema importância e representação para o setor econômico do Estado. O laudo pericial dos bombeiros revelou que a construção estava em conformidade com os padrões técnicos. Já o parecer definitivo da Seop sai em 15 dias.
Segundo o secretário de Obras, Leonardo Neder, apesar de a reconstrução depender de formalidades de contratações, ela se dará o mais rápido possível. “O laudo definitivo deve dar a precisão da velocidade dos ventos, tendo em vista que naquela região foram mais intensos que em Rio Branco. Nossa alegria é que foram apenas danos materiais e ninguém se feriu”, disse.
Somente o galpão foi atingido, por suas características de edificação, com portas grandes, cerca de oito metros de altura e por se encontrar vazio, o que o deixou mais propenso ao sinistro. “Vamos adotar padrões mais rigorosos, acima dos que são exigidos pelas normas”, conclui Neder.
A diretora-executiva da ZPE, Ofélia Machado, falou sobre os cuidados adotados pela instituição quanto à circulação de pessoas e mercadorias, uma vez que se trata de uma área de alfândega. “Fomos orientados pelos bombeiros para não permitir a circulação de pessoas antes de serem retirados todos os escombros. O próximo passo é fazer a limpeza imediata da área para reestabelecer o sistema de tráfego, haja vista que ainda estamos sem energia elétrica e sem internet, o que nos impede de fazer o monitoramento das câmeras de modo online”, frisou.
Informações do pesquisador e climatologista Alejandro Fonseca dão conta de que o vento veio do Sul e, ao se chocar com uma massa de ar mais quente, provocou o temporal, com rajadas de vento com velocidade variante entre 60 e 90 quilômetros por hora.
O temporal atingiu a Capital do Acre e outros sete municípios do Estado. Em Rio Branco o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) registrou 78 chamados de casos relacionados à queda de árvores, placas danificadas e de tampas de caixa d’água arrancadas. Internautas relataram nas redes sociais o destelhamento de casas. Foram registrados danos na estrutura do Hospital da Criança. De acordo com a Secretaria de Saúde, os reparos já foram iniciados. (Secom)